Governo e agro se reunirão para discutir apoio a quem está sob tarifaço

Encontro está previsto para segunda-feira (4/8), com participação do vice-presidente Geraldo Alckmin e do ministro da Agricultura, Carlos Fávaro.

Governo federal e setores do agronegócio sujeitos ao tarifaço dos Estados Unidos se reunião na segunda-feira (4/8) para discutir medidas de apoio e redução de eventuais danos. Do Poder Executivo, devem participar o vice-presidente e ministro o Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Geraldo Alckmin, e o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro.

Executivos de quatro segmentos foram chamados para um encontro “reservado e estratégico”. Foi convidado um representante de cada área para o encontro presencial com os ministros: café, pescados, frutas e carne bovina, confirmou a reportagem. Algumas lideranças receberam o convite diretamente de Alckmin.

Quem ficou de fora da lista de exceções e será taxado em 50% a partir do dia 6 de agosto espera por medidas de socorro. O pacote pode incluir crédito para exportação, conforme mencionado por representantes do agronegócio durante a semana. O setor de pescados foi o primeiro a solicitar, formalmente, R$ 900 milhões em financiamentos subsidiados para capital de giro das empresas.

Exportadores de café mantêm a expectativa de o produto passar para a lista de exceções. A intenção é buscar a negociação bilateral com “senso em urgência” e foco na pauta econômica, disse uma fonte do setor.

Frutas podem ser isentas de tarifa

Nesta sexta-feira (1/8), exportadores de frutas foram avisados que alguns itens também poderão ficar isentos. Informações de pessoas a par das tratativas nos EUA dão conta de que a manga, principal produto do setor exportado para lá, pode ser excluída das sobretaxas de forma geral, não apenas para o Brasil. O cacau também pode ser contemplado pela medida.

Entre produtores brasileiros ainda há dúvidas se a exceção, se confirmada, vai abranger apenas a manga ou demais “frutas tropicais”. Nesse caso, o mamão, segundo item mais embarcado para lá, também poderia ser beneficiado. A uva, no entanto, ficaria fora.

Trump assina ordem e confirma tarifaço de 50% sobre importações do Brasil

Mais de 37% do valor das exportações brasileiras (US$ 14,5 bilhões, em 2024) diretamente afetado pela sobretaxa dos EUA vem de dos embarques produtos do agronegócio, de acordo com dados do MDIC sobre os 30 principais itens da pauta exportadora nacional para lá. Cerca de US$ 5,4 bilhões são de itens agropecuários ou da indústria alimentícia.

Foram US$ 1,9 bilhão em café, chá, mate e especiarias; US$ 418,8 milhões em preparações de produtos hortícolas, de frutas ou de outras partes de plantas; US$ 1 bilhão em carnes e miudezas; US$ 678 milhões em açúcar; US$ 397,2 milhões de preparações de carne, de peixes ou de crustáceos, de moluscos ou de outros invertebrados aquáticos; US$ 386,2 milhões de gorduras e óleos animais ou vegetais; US$ 329 milhões de preparações alimentícias diversas; e US$ 255 milhões de tabaco.

Procurados, os ministérios ainda não se manifestaram (Globo Rural)

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