As exportações brasileiras de produtos agropecuários alcançaram US$ 82,39 bilhões no primeiro semestre deste ano, informou o Ministério da Agricultura, em nota. O valor é 0,4% inferior ao obtido de janeiro a junho do ano passado, o equivalente a uma queda de US$ 291 milhões. Apesar do recuo, a receita é a segunda maior para o período na série histórica. O setor respondeu por 49,2% dos embarques totais do País na primeira metade deste ano, levemente abaixo dos 50% de igual período de 2023.
No período, houve retração de 17,6% nas exportações do complexo soja, para US$ 33,528 bilhões, e de 44% nos embarques de milho, para US$ 1,874 bilhão, o que, em parte, reflete a menor safra colhida no País. “O principal fator para a queda nas exportações brasileiras de soja em grãos está na redução das vendas ao mercado chinês. Apesar de a China ser o maior destino, tendo representado 72,2% das vendas brasileiras, foram exportados US$ 20,15 bilhões e 13,0% a menos do que havia sido registrado no ano anterior. Outro mercado que sofreu forte redução foi a Argentina, cujas exportações brasileiras foram quase US$ 1,5 bilhão inferiores em 2024”, observou a pasta.
Os setores do agronegócio que mais contribuíram para amenizar a queda das exportações brasileiras no primeiro semestre deste ano foram o complexo sucroalcooleiro (+US$ 3,24 bilhões), fibras e produtos têxteis (+US$ 1,85 bilhão) e café (+US$ 1,68 bilhão). “Contudo, o crescimento desses setores foi inferior à queda nas vendas externas do complexo soja, que sofreram redução de US$ 7,19 bilhões. Ademais, o setor de cereais, farinhas e preparações registrou queda de US$ 1,66 bilhão na comparação entre o primeiro semestre de 2023 e 2024”, ponderou a pasta.
Na nota, a Secretaria de Comércio e Relações Internacionais da pasta destacou que o complexo soja liderou as exportações nos primeiros seis meses deste ano, respondendo por 40,7% do total de produtos do agronegócio embarcados no período. Na sequência, o setor das carnes representou 14,3% do total, somando US$ 11,81 bilhões, aumento de 1,6% contra 2023. O complexo sucroalcooleiro totalizou US$ 9,22 bilhões, 54,1% mais ante o primeiro semestre do ano passado, correspondendo a 11,2% do total.
A receita com as exportações dos produtos florestais avançou 11,9%, para US$ 8,34 bilhões, ou 10,1% do total. A celulose foi responsável por 59,6% desse total, com US$ 4,97 bilhões, um aumento de 19,5%. O setor de café alcançou US$ 5,31 bilhões em exportações no período, aumento de 46,1%, o que equivale a 6,4% dos embarques totais no período. Juntos, esses setores foram responsáveis por 82,8% das vendas externas do agronegócio brasileiro.
No primeiro semestre deste ano, as importações de produtos agropecuários cresceram 14,2% em relação a igual período do ano anterior, para US$ 9,512 bilhões, equivalente a 7,6% do total internalizado pelo País no período. O incremento foi puxado sobretudo pela maior internalização de cereais, farinhas e preparações, de 10,4%. O saldo da balança comercial do setor ficou positivo em US$ 72,877 bilhões frente aos US$ 74,353 bilhões de igual período de 2023.
Junho
Em junho, as exportações do agronegócio brasileiro alcançaram US$ 15,20 bilhões, queda de 1,3% ante igual mês do ano passado. Já em quantidade, as exportações de produtos do agronegócio brasileiro cresceram 4,5%.
Em volume, os embarques de grãos subiram 0,7%, de 14,96 milhões de toneladas para 15,07 milhões de toneladas no último mês deste ano, seguido pelo aumento de açúcar (+335,1 mil toneladas), celulose (+182,8 mil toneladas), algodão não cardado nem penteado (+100,1 mil toneladas), farelo de soja (+84,0 mil toneladas), café verde (+64,6 mil toneladas) (Broadcast)