A Embrapa, o Centro de Carbono da Universidade de São Paulo (CCARBON/USP) e a Fundação Getúlio Vargas (FGV) assinaram, nesta quinta-feira (24/10), no auditório Olacyr de Moraes, no Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), em Brasília, um acordo de cooperação visando o aprimoramento da quantificação do impacto das ações de adaptação e mitigação na agricultura. Participam do evento a presidente da Embrapa, Silvia Massruhá, o diretor-geral do CCARBON/USP, Carlos Eduardo Cerri, e o coordenador do Centro de Estudos do Agronegócio da FGV Agro, Guilherme Bastos.
O foco da parceria é o desenvolvimento de estratégias e métricas de sustentabilidade e de adaptação dos sistemas produtivos agropecuários brasileiros aos impactos da mudança climática. Foca também no desenvolvimento de métricas de balanço de carbono e rastreabilidade de emissões para a melhoria contínua das políticas públicas no tema, incluindo o Inventário Nacional de Gases, coordenado pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI). Adicionalmente contribui estrategicamente para subsidiar o desenvolvimento de uma taxonomia nacional da sustentabilidade, política pública liderada pelo Ministério da Fazenda.
O evento denominado “Lançamento da Aliança Técnico Científica em estratégias para adaptação e mitigação à mudança do clima na agricultura” marca o início de um diálogo entre as três instituições para a realização de esforços conjuntos que visam a integração de conhecimentos e recursos para o enfrentamento da mudança climática no País.
“A criação de métricas robustas para a sustentabilidade e para o balanço de carbono é essencial para avaliar o impacto da mudança climática sobre a agricultura e também das práticas agropecuárias sobre as emissões de gases de efeito estufa. A cooperação firmada cria sinergia para o desenvolvimento de métodos adaptados às condições específicas dos sistemas produtivos brasileiros e para a formulação de políticas públicas no tema”, destaca a presidente da Embrapa, Silvia Massruhá.
Entre os benefícios esperados estão os impactos econômico e ambiental, pois a promoção da sustentabilidade e o controle de emissões aumentam a competitividade dos produtos brasileiros no mercado internacional, além de contribuir para a conservação ambiental. O acordo também terá o potencial de ampliar a geração de resultados de pesquisa sobre o tema entre as três instituições.
“A agricultura é particularmente dependente do clima e, portanto, vulnerável aos impactos da mudança climática. O desenvolvimento de métricas visando o monitoramento da vulnerabilidade e adaptação dos sistemas agrícolas brasileiros colabora para o aprimoramento de políticas públicas promotoras de sustentabilidade no setor, para o qual o Zoneamento Agrícola de Risco Climático é um exemplo de sucesso”, afirma o coordenador do Portfólio de pesquisas da Embrapa Transformação Climática e Ecológica, o pesquisador da Embrapa Agricultura Digital, Giampaolo Pellegrino.