Doença e clima reduzem potencial produtivo da laranja em SP e MG

Estimativa para produção 2025/26 foi reduzida, mas volume ainda deve ser 27,7% maior do que o registrado na última temporada.

A produção de laranjas no cinturão citrícola de São Paulo e Minas Gerais na safra 2025/26 deve alcançar 294,81 milhões de caixas de 40,8 quilos, de acordo com a terceira estimativa realizada pelo Fundo de Defesa da Citricultura (Fundecitrus). O volume representa uma redução de 3,9% em relação à estimativa divulgada em setembro, e 6,3% abaixo da estimativa inicial divulgada em maio.

Em relação à safra 2024/25, que foi encerrada com produção de 230,87 milhões de caixas, haverá um incremento de 27,7%.

De acordo com o Fundecitrus, as principais razões para a revisão na estimativa são a diminuição do tamanho dos frutos devido à escassez de chuva e o aumento da projeção da taxa de queda de frutos, de 22% para 23%, por conta da maior severidade do greening e do clima.

A severidade média do greening no cinturão citrícola passou de 19% em 2024 para 22,7% em 2025, reduzindo em 35% o potencial produtivo do parque, observou o Fundecitrus.

“A taxa de crescimento da doença vem caindo, mas a severidade média está aumentando. Hoje, 26,5% das laranjeiras com greening apresentam sintomas em mais de 75% da copa. Quando esse alastramento do greening pelas copas das árvores se junta ao déficit hídrico, a taxa de queda de frutos tende a aumentar”, afirmou em relatório o diretor-executivo do Fundecitrus, Juliano Ayres.

Além disso, ventos atípicos foram registrados na região em setembro, com rajadas de 50 a 90 quilômetros por hora, o que contribuiu para a queda dos frutos, junto com o déficit hídrico.

De acordo com dados da Climatempo, a precipitação média acumulada no cinturão agrícola de maio a novembro foi de 392 milímetros, 20% abaixo da média histórica de 489 milímetros.

A região de Porto Ferreira (SP) foi a única que registrou índice de chuvas acima da média histórica em 2%. No Triângulo Mineiro, o déficit de chuvas foi de 47%. Em Bebedouro (SP), o déficit pluviométrico chegou a 40%.

Em setembro, a média de chuvas na região do cinturão citrícola foi de 20 milímetros, 70% abaixo da média histórica, o que afetou o desenvolvimento da laranja pera produzida na região e colhida a partir de outubro.

Nesse cenário, os frutos devem ser colhidos com 4 gramas a menos que o peso médio projetado anteriormente. O número de laranjas necessárias para completar uma caixa de 40,8 quilos aumenta de 258 para 265 frutos.

Para as variedades Hamlin, Westin e Rubi, o número de frutos se mantém estável, em 305 frutos por caixa. No caso das outras precoces, o número de frutos deve se manter estável em 272 frutos por caixa. A laranja Pera, passa de 261 frutos por caixa para 267 frutos por caixa.

A quantidade de laranjas por caixa para as variedades Valência e Folha Murcha aumenta de 235 para 248 frutos por caixa. Já a variedade Natal passa de 242 frutos para 248 frutos por caixa (Globo Rural)

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