| Setor de ovos no Brasil enfrenta alta nos custos, pressão por produtividade e exigências de bem-estar animal; tecnologias como a sexagem in-ovo surgem como alternativa para equilibrar eficiência e responsabilidade. |
| A produção de ovos no Brasil enfrenta atualmente um cenário marcado por aumento de custos operacionais, necessidade de ganho de produtividade e pressão crescente por práticas de bem-estar animal. Esses três fatores têm moldado as estratégias de empresas do setor, que buscam soluções tecnológicas e operacionais para manter a competitividade em um mercado cada vez mais exigente. |
| Custo de produção e volatilidade do mercadoO setor convive com oscilações no preço dos principais insumos, como milho, soja, energia elétrica e transporte. Essa instabilidade impacta diretamente o custo por dúzia de ovos, reduzindo as margens de lucro dos produtores e exigindo ajustes contínuos na operação. Ao mesmo tempo, a sensibilidade do consumidor ao preço limita o repasse desses custos ao varejo. Produtividade e eficiência operacionalA busca por eficiência na cadeia produtiva leva à adoção de modelos intensivos e ao investimento em automação e genética de alto desempenho. No entanto, muitos produtores de médio porte enfrentam dificuldades para incorporar inovações tecnológicas, seja por falta de capital ou de acesso a assistência técnica. A modernização do setor avícola é um desafio que exige políticas de fomento e maior integração entre elos da cadeia. Bem-estar animal como exigência de mercadoA discussão sobre bem-estar animal ganhou força no Brasil e passou a fazer parte das exigências de grandes redes de varejo, food service e consumidores finais. Entre os temas mais sensíveis está o abate de pintinhos machos na indústria de postura, prática amplamente criticada por entidades de proteção animal e cada vez menos aceita pelo consumidor.Diante desse cenário, tecnologias como a sexagem in-ovo surgem como uma alternativa para enfrentar esse desafio específico de forma estruturada. A sexagem como solução para eficiência e ética na cadeiaA Innovate Animal Ag, organização internacional voltada à inovação na produção animal, defende que a sexagem in-ovo pode contribuir para uma cadeia mais eficiente, ética e economicamente viável. A tecnologia permite identificar o sexo do embrião ainda durante a incubação, evitando o nascimento e descarte de pintinhos machos. Segundo a entidade, a técnica tem potencial para melhorar a gestão de recursos ao reduzir etapas e custos associados ao manejo pós-eclosão. “A sexagem in-ovo reduz o desperdício de insumos, otimiza a alocação de espaço nas incubadoras e pode oferecer uma resposta concreta a demandas sociais e regulatórias em ascensão”, afirma Gabriela Menin , Liderança Estratégica Brasil da Innovate Animal Ag. Empresas brasileiras como a Raiar já utilizam a tecnologia no país, demonstrando viabilidade prática para o setor. Ainda assim, a adoção em larga escala depende da superação de barreiras técnicas e econômicas, bem como da ampliação do diálogo entre produtores, indústria, varejo e consumidor final. |

29 de outubro de 2025/
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