Novas projeções indicam aumento das exportações americanas nesta safra e queda dos estoques.
Os preços do milho e da soja subiram na bolsa de Chicago, após novos dados de oferta e demanda mundial. Os desdobramentos da guerra comercial, com trégua nas tarifas de Trump, também deram sustentação às cotações. O destaque de alta na sessão foi o milho. Os lotes para maio avançaram 1,90%, cotados a US$ 4,83 o bushel.
O Departamento de Agricultura dos EUA (USDA) ajustou a expectativa de exportação do grão no país, que passou de 62,23 milhões de toneladas em março para 64,77 milhões no relatório divulgado hoje.
Em seu boletim mensal, o USDA diz que o número “reflete o ritmo de vendas e embarques do momento e os preços relativamente competitivos dos EUA”.
Com esse aumento na demanda, os estoques ficaram menores e contribuíram também para a precificação em Chicago. O USDA indicou reservas de 37,22 milhões de toneladas no fim de 2024/25, na comparação com 39,12 milhões anteriormente.
Soja
As cotações da soja permaneceram em alta na bolsa de Chicago, com desdobramentos da guerra tarifária e dados sobre oferta repercutindo no mercado. Os contratos da oleaginosa com entrega para maio subiram 1,60%, para US$ 10,29 o bushel.
O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos trouxe poucas mudanças para o quadro de oferta e demanda mundial de soja. O número que trouxe algum impacto maior para as cotações foram as previsões para os estoques finais americanos. O departamento reduziu em 1,3% sua previsão mensal para as reservas, para 10,21 milhões de toneladas. Os investidores acompanham de perto os números de reservas, como importante indicador de demanda.
Trigo
O preço do trigo caiu na bolsa de Chicago respondendo ao aumento dos estoques globais e nos EUA. Os contratos para maio fecharam em queda de 0,78%, para US$ 5,38 o bushel.
O USDA elevou a projeção de estoques finais de trigo no mundo para a safra 2024/25 para 260,7 milhões de toneladas. No último relatório, divulgado em março, a estimativa era de 260,08 milhões de toneladas.
O órgão americano manteve as previsões para a safra nos EUA neste ciclo, no entanto, elevou a previsão para as reservas ao fim da temporada para 23,03 milhões de toneladas. Um mês antes, a estimativa apontava 22,30 milhões (Globo Rural)