Na primeira quinzena de outubro, as unidades produtoras da região Centro-Sul processaram 34,04 milhões de toneladas, ante 33,94 milhões na safra 2024/2025. No acumulado desde o início da safra 2025/2026 até 16 de outubro, a moagem atingiu 524,96 milhões de toneladas, registrando retração de 2,78% na comparação com as 539,98 milhões de toneladas registradas no mesmo período do ciclo anterior.
Na primeira quinzena de outubro, operaram 255 unidades produtoras na região Centro-Sul, sendo 234 unidades com processamento de cana, dez empresas que fabricam etanol a partir de milho e onze usinas flex. No mesmo período da safra anterior, 258 unidades produtoras estavam em operação.
Nos primeiros quinze dias de outubro, 12 unidades encerraram a moagem. No acumulado desde o início da safra, 18 unidades já concluíram o processamento da cana, ante 12 usinas no mesmo período do ciclo anterior.
Em relação à qualidade da matéria-prima, o nível de Açúcares Totais Recuperáveis (ATR) registrado na primeira quinzena de outubro atingiu 158,78 kg de ATR por tonelada de cana-de-açúcar, contra 160,32 kg por tonelada na safra 2024/2025 – queda de 0,96%. No acumulado desde o início da safra 2025/2026, o indicador marca 137,53 kg de ATR por tonelada, registrando retração de 3,40% na comparação com o valor observado na mesma posição do ciclo anterior.
Produção de açúcar e etanol
A produção de açúcar nos primeiros quinze dias de outubro totalizou 2,48 milhões de toneladas. No acumulado desde o início da safra até 16 de outubro, a fabricação do adoçante totalizou 36,02 milhões de toneladas, contra 35,70 milhões de toneladas do ciclo anterior (+0,89%).
Na primeira quinzena de outubro, a proporção da matéria-prima direcionada para a fabricação do adoçante recuou três pontos percentuais, passando de 51,3% para 48,2%. O resultado é ainda mais expressivo nos Estados de São Paulo e Paraná, cujos índices recuaram 3,4 e 9,1 pontos percentuais, respectivamente.
Segundo o diretor de Inteligência Setorial da UNICA, Luciano Rodrigues, “desde o início de setembro, nota-se uma tendência de recuo na proporção de cana direcionada à fabricação de açúcar. Inicialmente esse movimento esteve concentrado nas unidades produtoras dos Estados da região Centro-Oeste, mas agora também se intensificou em importantes polos de produção do adoçante, como São Paulo e Paraná.”
Na primeira metade de outubro, a fabricação de etanol pelas unidades do Centro-Sul atingiu 2,01 bilhões de litros, sendo 1,24 bilhão de litros de etanol hidratado (-5,61%) e 771,72 milhões de litros de etanol anidro (+6,93%). No acumulado do atual ciclo agrícola, a fabricação do biocombustível totalizou 25,04 bilhões de litros (-8,23%), sendo 15,62 bilhões de litros de etanol hidratado (-10,53%) e 9,41 bilhões de anidro (-4,15%).
Do total de etanol obtido na primeira quinzena de outubro, 18,41% foram fabricados a partir do milho, registrando produção de 370,56 milhões de litros neste ano, contra 353,13 milhões de litros no mesmo período do ciclo 2024/2025 – aumento de 4,94%. No acumulado desde o início da safra, a produção de etanol de milho atingiu 4,85 bilhões de litros – avanço de 17,23% na comparação com igual período do ano passado.
Vendas de etanol
Na primeira quinzena de outubro, as vendas de etanol totalizaram 1,45 bilhão de litros. O volume comercializado de etanol anidro no período foi de 559,48 milhões de litros – avanço de 5,03% –, enquanto o etanol hidratado registrou venda de 889,11 milhões de litros – recuo de 6,74%.
No mercado doméstico, o volume de etanol hidratado vendido pelas unidades do Centro-Sul totalizou 869,90 milhões de litros, o que representa recuo de 5,80% em relação ao mesmo período da safra anterior. A venda de etanol anidro, por sua vez, atingiu 559,48 milhões de litros, avançando 5,11%.
No acumulado desde o início da safra até 16 de outubro, a comercialização de etanol pelas unidades do Centro-Sul somou 18,97 bilhões de litros, registrando queda de 2,05%. O volume acumulado de etanol hidratado totalizou 11,87 bilhões de litros (-5,56%), enquanto o de anidro alcançou 7,09 bilhões de litros (+4,45%).
Mercado de CBios
Dados da B3 até o dia 29 de outubro indicam a emissão de 35,56 milhões de créditos em 2025 pelos produtores de biocombustíveis. A quantidade de CBios disponível para negociação em posse da parte obrigada, não obrigada e dos emissores totaliza 30,87 milhões de créditos de descarbonização.
“Somando os CBios disponíveis para comercialização e os créditos já aposentados para cumprimento da meta de 2025, já temos cerca de 105% dos títulos necessários para o atendimento integral da quantidade exigida pelo Programa para o final deste ano”. Esse cálculo inclui o saldo devedor acumulado de metas anteriores e os ajustes decorrentes de contratos de longo prazo, destacou o executivo da UNICA.



