Cultivo de amendoim ganha eficiência com precisão no monitoramento

Diante do potencial da cultura no Brasil, principalmente como alternativa na rotação, AgTech Sima amplia atuação com ferramentas que ajudam no controle de pragas e doenças

Conhecido por sua versatilidade, o amendoim a cada ano ganha mais espaço no campo. Podendo ser consumido cru ou cozido, é também um produto muito utilizado como matéria-prima de doces, bolos, bebidas e sorvetes. Além disso, a extração de seu óleo pode ser destinada às indústrias para a fabricação, por exemplo de vernizes, óleos, lubrificantes, cosméticos, tintas, inseticidas, entre outros. 

Além de ser um insumo importante para a indústria, o cultivo de amendoim também ganha a cada ano protagonismo. Se destacando como opção na rotação de culturas, principalmente em áreas de reforma de cana-de-açúcar. Podendo ser mais opção de fonte de renda aos produtores, ele também contribui com o solo, deixando-o mais rico em nitrogênio, importante nutriente para o desenvolvimento das lavouras, reduzindo por exemplo, o custo com a adição de fertilizantes minerais.

Apesar de ocupar o 12º lugar na produção mundial da cultura, segundo dados do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), o Brasil mantém o primeiro lugar nas exportações de óleo, com 86 mil toneladas. A safra atual, está estimada em 248,2 mil hectares, sendo a segunda maior área desde do início da série histórica levantada pela Conab e a produção nacional deve totalizar 758 mil toneladas. São Paulo é o principal produtor com participação de 80% no total, seguido por Mato Grosso do Sul, com 11%.  Entretanto, o cultivo avança em Mato Grosso, Goiás, Minas Gerais e Paraná.

Diante deste enorme potencial, a AGTech Sima – Sistema integrado de monitoramento agrícola está ampliando a atuação na cultura com o objetivo de ajudar os produtores a serem ainda mais eficientes. De acordo com Felipe de Carvalho, coordenador da empresa no Brasil, com o auxílio de tecnologias de monitoramento, a área plantada e a produtividade podem crescer ainda mais. “Essa é uma cultura com grande potencial e vamos avançar o nosso Market share de 15% nesse mercado nos próximos meses. Já atendemos grandes grupos no Brasil e a estratégia é ampliar ainda mais”, destacou.

Precisão no monitoramento

A tecnologia da AgTech ganha espaço no campo por ser uma ferramenta simples, completa e inteligente que possibilita realizar o controle e monitoramento da lavoura de forma georreferenciada, desde o plantio até a colheita. De acordo com Carvalho, no caso específico do amendoim, a ferramenta tem ajudado produtores principalmente na identificação com precisão de doenças, com destaque para a Mancha preta ou Pinta preta, presente nas principais regiões produtoras do país. Sua ação causa redução da área foliar e queda prematura das folhas, podendo gerar perdas superiores a 50% na produtividade.

Causada pelo fungo Cercosporidium personatum, os sintomas dessa doença são representados por lesões pretas circulares, as quais se tornam visíveis aproximadamente após 40 a 45 dias da emergência inicial das plantas. Epidemias dela são favorecidas por períodos prolongados de molhamento foliar (igual ou superior a 10h) e temperaturas entre 20ºC e 26°C.

O patógeno responsável pela ocorrência da mancha preta sobrevive em restos culturais e se dispersa através do vento, porém a dispersão desse fungo é mais rápida, fato esse que torna essa doença mais agressiva quando comparada com a mancha marrom. “No Estado de São Paulo, por exemplo, a mancha preta tem se mostrado predominante e a mais severa entre as doenças foliares do amendoim, por isso, o monitoramento  se torna fundamental” diz Carvalho.

A ferramenta da Sima conta também com algumas funções inteligentes. Uma delas é que sua tecnologia permite por meio de uma simples fotografia, identificar o percentual do grau de severidade de doenças. “Desta forma, o produtor pode agir rapidamente evitando prejuízos maiores. Além disso, com poucos cliques é possível fazer o registro de um grande volume de informação com qualidade, reduzindo as necessidades de visitas ao campo”, reforçou o profissional.

Dicas de Controle

Para o controle da pinta preta, após a identificação, o produtor deve avaliar o grau de severidade. Uma recomendação é retirar os restos de cultura infectados ou contaminados do campo e enterrá-los por aração profunda no próprio campo. Outra dica é antecipar ou retardar a data da semeadura, visando evitar períodos climáticos favoráveis ao desenvolvimento do patógeno.  

A doença é controlada seguindo um programa de pulverizações fungicidas a partir de 30-40 após a semeadura e aplicados a cada 14 dias, até 14 – 21 dias antes da colheita. “A nossa tecnologia está pronta e adaptada para ser uma importante aliada do produtor de amendoim. Com o controle eficiente das pragas e doenças a fazenda conseguirá ampliar sua produtividade e consequentemente vai melhorar a sua rentabilidade”, finalizou o coordenador.

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