Baculovírus é alternativa na agricultura moderna sendo altamente específico para algumas das principais pragas-alvo
Com um mercado crescente, que busca investir e formular novos produtos com foco em sustentabilidade, os insumos biológicos ganham cada vez mais importância na agricultura moderna.
Quando desenvolvidos para controlar pragas, os bioinsumos vêm ganhando destaque como alternativa ou complemento aos insumos químicos, alinhados às demandas por sustentabilidade e segurança alimentar.
Nesse cenário, a Life Biological Control traz, após anos de pesquisas, um biodefensivo à base de baculovírus, que pode alcançar uma eficiência de controle superior a 80% em culturas como soja e milho, dependendo das condições climáticas e da densidade populacional da praga.
O baculovírus é um vírus que infecta exclusivamente insetos, especialmente lagartas, sendo altamente específico para algumas das principais pragas-alvo da agricultura. Porém, saber o que aplicar é importante, mas saber quando aplicar é o que faz a diferença no campo.
Eficiência dependente do manejo
O sucesso do uso de biológicos exige aplicação correta, compatibilidade com outros insumos e condições ambientais favoráveis.
Dentre os principais erros cometidos pelos produtores na hora de pensar o manejo para controle de pragas, é aplicar somente quando a praga já está grande, não fazer o monitoramento constante da lavoura e usar o biológico como emergência e não como estratégia.
De acordo com a CEO da Life Biological Control, o que vai trazer bons resultados é o momento ideal da aplicação. “O baculovírus precisa ser ingerido para agir, e o momento certo é quando a lagarta ainda é jovem, com até 1,5 cm, ainda na fase vegetativa da cultura e antes dos danos se espalharem”, explica Cristiane Tibola, que também é Doutora em entomologia pela Esalq/USP.
Desenvolvido pela Life Biological Control, o Destroyer é um produto microbiológico à base de baculovírus para o controle seletivo da lagarta do cartucho (Spodoptera frugiperda). “Por ser seletivo, mata somente este inseto, mas não afeta outras pragas e inimigos naturais. A lagarta morta apresenta, no início, o corpo flácido e rosado. Com o passar do tempo, o corpo da lagarta torna-se escuro e ocorre a ruptura do tegumento, liberando mais poliedros virais no ambiente”, explica a CEO. O ciclo de infecção se inicia quando a lagarta ingere partículas virais, presentes em folhas contaminadas. No corpo do inseto, o vírus se multiplica e compromete suas células, interrompendo rapidamente sua capacidade de se alimentar. Em questão de dias, o inseto infectado morre, liberando os vírus no ambiente, prontos para infectar outras lagartas.
O produto é fruto de uma extensa pesquisa, em parceria com a Embrapa. “Transformamos mais de 30 anos de pesquisa da Embrapa em um produto potencial a ser utilizado pelo agricultor. Essa parceria foi imprescindível para que hoje esteja disponível no mercado para o agricultor combater a principal praga do milho no Brasil, e que ataca outras culturas também, como soja, trigo e até pastagens”, acrescenta Cristiane.