Controle adequado da mancha-de-phoma ajuda a manter o café como pilar econômico do agronegócio brasileiro

Com uma receita bruta de R$ 66,49 bilhões em 2024, o café é vital para o país; especialista da Ourofino Agrociência alerta para a importância do controle da doença para preservar a produção 

O café é uma das colunas vertebrais da economia brasileira, gerando receitas significativas e mantendo o país na vanguarda do mercado global. No primeiro semestre de 2024, a receita bruta total das duas principais espécies de café cultivadas no Brasil atingiu R$ 66,49 bilhões. Deste montante, o café arábica contribuiu com R$ 48,02 bilhões (72%), enquanto o robusta/conilon gerou R$ 18,46 bilhões (28%), segundo o Relatório Mensal de Julho do Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé)*, que é coordenado pela Embrapa Café. 

Com a safra anual estimada em 58,08 milhões de sacas, o cenário não só reflete a importância econômica do café, mas também evidencia seu papel crucial no equilíbrio das finanças agrícolas e na geração de empregos no país. Comparando com dados históricos, o crescimento é notável. Em 2015, a receita total dos cafés brasileiros era de R$ 35,70 bilhões, com o café arábica representando R$ 28,96 bilhões e o robusta/conilon R$ 6,74 bilhões.  

Dentro deste contexto econômico robusto, especialistas da Ourofino Agrociência alertam para um desafio crescente: a mancha-de-phoma, uma patologia que pode impactar significativamente a produtividade e a qualidade do café. Causada pelo fungo Phoma tarda, a mancha-de-phoma tem se tornado uma preocupação crescente entre os produtores, especialmente em regiões de clima frio, já que o fungo prospera em altitudes a partir de 800 metros, favorecido por ventos frios e alta umidade relativa do ar.  

Com um período de incubação muito curto, de apenas 6 a 10 dias, a doença pode rapidamente comprometer a saúde das plantas, levando a uma redução na produtividade e na qualidade da bebida. Para mitigar esse risco, a companhia recomenda o uso de fungicida, combinando diferentes grupos químicos para garantir uma alta eficácia e reduzir o risco de resistência do patógeno. 

No entanto, não basta um bom fungicida. Segundo Lenisson Carvalho, gerente de marketing da Ourofino Agrociência, a detecção precoce do problema é fundamental. “Monitorar as lavouras regularmente ajuda a identificar sinais iniciais da doença antes que ela se espalhe. Também é importante manter um equilíbrio nutricional adequado, já que deficiências ou excessos de nutrientes podem tornar as plantas mais suscetíveis ao fungo.” 

Outra recomendação é utilizar fungicidas e seguir as orientações de aplicação. “Além de usar o produto, é essencial adotar medidas preventivas, como escolher áreas bem drenadas para viveiros e plantios, evitar áreas sujeitas a ventos frios e garantir adubações equilibradas, principalmente com nitrogênio e cálcio. Em regiões mais suscetíveis, é aconselhável realizar o controle preventivo nas fases de pré e pós-florada e, quando necessário, rotacionar os princípios ativos dos fungicidas para evitar resistência”, explica Carvalho. 

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