Conab revisa para baixo estimativa para a safra de grãos

Levantamento divulgado nesta quinta-feira aponta redução de 440 mil toneladas em relação à pesquisa de novembro.

A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) revisou para baixo a estimativa para a safra de grãos 2025/2026. O terceiro levantamento do ciclo, divulgado nesta quinta-feira (11/12), aponta um volume total de 354,4 milhões de toneladas, o que representa uma redução de 440 mil toneladas em relação à estimativa de novembro.

Ainda assim, o volume representa um aumento de 0,6%, ou 2,2 milhões de toneladas, em relação à safra 2024/25. De acordo com a Conab, o resultado é reflexo da combinação do aumento de 3% na área semeada e da redução na produtividade média nacional das lavouras.

Segundo o gerente de Acompanhamento de Safras da Conab, Fabiano Vasconcellos, o ajuste em relação ao levantamento anterior deve-se principalmente à área, já que o plantio da primeira safra está praticamente concluído.

“Mantendo o que se desenhou na perspectiva da agropecuária realizada pela companhia, essa safra poderá ser a maior da série histórica”, ressaltou.

A safra 2024/2025 é, até o momento, a maior já registrada no país, com 351,9 milhões de toneladas.

Soja

Principal cultura agrícola do país, a soja tem produção estimada em 177,123 milhões de toneladas, 478 mil toneladas a menos do que o previsto no levantamento anterior. Ainda assim, os números indicam a possibilidade de que um novo recorde seja alcançado nesta safra. A semeadura no país alcançou 90,3% da área estimada no início de dezembro.

A área plantada com a oleaginosa deve ficar em 48,935 milhões de hectares, um acréscimo de 3,4%. Segundo Vasconcellos, o avanço ocorre principalmente em áreas de pastagens e na troca de cultivo do arroz pela soja.

Sobre o clima, a irregularidade nas precipitações se manteve em todas as regiões. Na região Sul, as precipitações permitiram o avanço da área plantada, enquanto na área mais central do país o clima atrasou um pouco os trabalhos de campo. “Houve um certo replantio em todas as regiões. Mas atualmente, com a retomada das chuvas na região central do país, esse plantio avançou e está em fase de finalização em boa parte dos Estados do Centro-Oeste”, acrescentou o gerente.

Milho

A produção de milho, somando as três safras, está estimada em 138,9 milhões de toneladas. Houve uma pequena revisão para cima em relação ao levantamento anterior, de 42 mil toneladas. Apesar disso, a projeção é de que a safra seja 1,5% menor do que o ciclo 2024/2025, principalmente em razão da produtividade, que segundo a Conab deve cair 5,4%.

De acordo com Vasconcellos, a área de milho primeira safra voltou a crescer, interrompendo uma tendência que vinha desde 2009 de redução de área. “Tem muito a ver com a valorização do milho, principalmente no Sul e Sudeste, isso acaba motivando os agricultores a cultivar o cereal nesta primeira safra.”

Arroz

No caso do arroz, a previsão de produção é de 11,170 milhões de toneladas, o que representa uma queda de 12,4% em relação à safra passada. No levantamento anterior, a queda era calculada em 11,5%. No início de dezembro, a semeadura totalizava 80,2% da área estimada no país. Apesar da queda, Vasconcellos acredita que a produção deve suprir “com folga” o mercado interno, possibilitar exportações e manter um bom estoque interno para a próxima safra.

Feijão

A produção de feijão, somando as três safras, é calculada em 3 milhões de toneladas, com queda de 1,8% em relação à última temporada. “O feijão tem essa particularidade de ser uma cultura de ciclo curto, se adapta rápido às condições de mercado entre uma safra e outra, então a estimativa da Conab prevê praticamente uma estabilidade na produção em relação à safra passada”, explica Vasconcellos.

Trigo

No trigo, a safra 2025 está em fase final de colheita, com produção estimada em 7,961 milhões de toneladas, um acréscimo de 0,9% em relação à safra passada – apesar da redução de 20,1% na área plantada. De acordo com Vasconcellos, a queda na área se dá muito em função de condições de mercado no momento do plantio. “As produtividades foram melhores, apesar de um menor investimento em pacote tecnológico. O clima ajudou bastante, principalmente na região Sul.”

Algodão

A projeção para o algodão indica uma safra de 3,959 milhões de toneladas, o que representa uma queda de 2,9% em relação ao ciclo anterior. “Já houve ajuste em relação ao último levantamento, principalmente por conta das condições de mercado”, observa Vasconcellos. A semeadura já começou em alguns Estados, mas o plantio deve se intensificar de fato a partir de janeiro, com as lavouras de segunda safra (Globo Rural)

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