Compra argentina de carne no Brasil dispara e sobe 724% no ano

A Argentina elevou a participação dos Estados Unidos e da Índia no ranking dos principais compradores de produtos do país. Já Brasil e China passaram a ter um percentual menor nos sete primeiros meses deste ano.

Quando considerado o comércio geral entre Brasil e Argentina, 15% das exportações do país vizinho vêm para os brasileiros. No ano passado, eram 16%. Os argentinos elevaram, no entanto, as compras no Brasil. Agora, 25% dos gastos deles com importações são feitos no mercado brasileiro, acima dos 23% de janeiro a julho de 2024.

O aumento dessas importações passa pelos alimentos. Oferta interna menor fez o país buscar volume elevado no Brasil. Nos sete primeiros meses deste ano, os argentinos compraram o correspondente a US$ 146 milhões em carnes no mercado brasileiro, um valor 724% superior ao de igual período de 2024. O volume adquirido chegou a 52 mil toneladas, com alta de 536%.

As exportações brasileiras cresceram nos três principais tipos de carne. A venda de frango, embora ainda pequena em relação aos principais importadores, aumentou em 528%, para 13 mil toneladas.

A oferta menor de carne bovina, preços elevados e renda menor dos consumidores levaram boa parte dos argentinos para o frango. O consumo médio dessa proteína subiu para 49 kg per capita, ultrapassando o de carne bovina, que é de 48 Kg, e vem caindo. Os argentinos gastaram US$ 25 milhões em carne bovina no Brasil, 2.415% a mais do que de janeiro a julho de 2024, segundo a Secex (Secretaria de Comércio Exterior).

O consumo médio de carne suína também vem crescendo no país vizinho, atingindo 18 kg por pessoa por ano, e parte dessa demanda é coberta por produto brasileiro. Até julho, os argentinos elevaram em 660% os gastos com compras dessa proteína no mercado brasileiro.

Apesar do aumento das importações de carnes, a balança comercial melhora na Argentina. O país colocou o correspondente a US$ 12,2 bilhões em produtos primários no mercado mundial até julho, 4% a mais do que em igual período do ano passado. Os cereais lideram com US$ 7,4 bilhões. No setor de produtos manufaturados de origem agropecuária, o destaque é para os óleos vegetais, que renderam US$ 5,4 bilhões.

Quanto às importações feitas pelo Brasil na Argentina, o Indec (o instituto nacional de estatísticas do país) apontou que os brasileiros gastaram US$ 704 milhões na compra de trigo, US$ 200 milhões em leite e US$ 126 milhões em diversos tipos de queijo. Pera, alho, batata e carne bovina também pesam nessa conta, segundo instituto (Folha)

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