Com projeções otimistas de oferta, grãos recuam na bolsa de Chicago

Soja registrou baixa de 2% também impactada por questões geopolíticas.

Apesar de uma leve piora na qualidade das lavouras dos Estados Unidos, o quadro ainda é favorável para a produção no país, e serve de pretexto para a queda dos preços na bolsa de Chicago. No caso da soja, os papéis para agosto fecharam a quarta-feira (25/6) em queda de 1,98%, a US$ 10,2950 o bushel.

De acordo com Enílson Nogueira, analista da Céleres Consultoria, apesar da leve piora nas condições das lavouras apontada recentemente pelo Departamento de Agricultura americano (USDA), o país ainda tem capacidade de produzir uma “boa safra” na visão dele, que pode alcançar 120 milhões de toneladas em 2025/26.

“Com as indicações que temos sobre o desenvolvimento da safra americana, não há nada neste momento que sustente uma preocupação com a oferta. E esse é um fator com muita capacidade para direcionar os preços”, avalia Nogueira.

Ainda segundo ele, as questões geopolíticas também são fundamentos de baixa para os grãos.

“Toda a tensão no Oriente Médio que fez o preço do petróleo disparar e levar outras commodities junto, parece ter saído do radar do mercado. Na semana passada, todas as incertezas de uma escalada maior do conflito aumentou a volatilidade do mercado, mas com preços sempre em alta”, diz.

Milho

O milho fechou em baixa pela quarta sessão consecutiva. Os contratos para setembro recuaram 1,76%, para US$ 4,05 o bushel. Os mesmos fatores que direcionaram a queda da soja também estão colocando o cereal em uma tendência de preços negativos.

De acordo com Enílson Nogueira, da Céleres, o andamento atual da safra americana, sem nenhum grande problema com o clima pode levar o país ao colher, pelo menos, 390 milhões de toneladas.

Trigo

As cotações do trigo seguem em queda livre na bolsa de Chicago em um momento de oferta favorável do cereal. Os contratos com vencimento em setembro, os mais negociados, caíram 1,36%, para US$ 5,4450 o bushel.

O início da colheita de trigo em regiões do Hemisfério Norte cria uma tendência natural de baixa para a commodity. Aliado a isso, as previsões de aumento na produção colocam pressão adicional nos contratos futuros.

A consultoria SovEcon elevou hoje sua previsão para a safra de trigo na Rússia pela terceira vez consecutiva, de 82,8 milhões para 83 milhões de toneladas no ciclo 2025/2026. Os dados de produção russa geralmente têm impacto no mercado, já que o país é o maior exportador de trigo do mundo (Globo Rural)

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