Com braquiária, produtor dá adeus à silagem

Um dos primeiros a aderir a essa forrageira na região de Iporã (PR), em sistema de integração lavoura-pecuária, diz não se ver mais trabalhando de outra maneira

O produtor e médico-veterinário Albertino Afonso Branco, o Tininho, de Iporã (PR), um dos primeiros a aderir à braquiária ainda em meados da década de 2000, quando iniciou um programa de integração lavoura-pecuária por orientação da Cocamar, diz não se ver mais trabalhando de outro jeito. E garante: “com um sistema bem consolidado, tendo a braquiária como base e associada a outras tecnologias, é possível alcançar uma produtividade de 30 a 40 sacas de soja acima da média do município”.

ESSENCIAL – Tininho, que produz o grão em 40 alqueires, é taxativo: “nesse solo de areia, frágil e que esquenta muito ao sol, não tem como dispensar a braquiária”. O produtor usa a forrageira, ainda, para alimentar uma centena de vacas leiteiras no inverno: “nem preciso fazer silagem”.

GANHO DE PESO – No dia 15 de janeiro deste ano, Tininho fez o plantio de 30 alqueires (72,6 hectares) com braquiária, sendo que o pastejo começou no dia 25 de março. Com a braquiária, a produção de leite aumentou em 25% e a expectativa é de um ganho de peso médio, no rebanho, de 700 gramas por dia.

ADESÃO – Somente no ano passado, a unidade da Cocamar em Iporã comercializou cerca de 70 mil quilos de sementes de braquiária entre produtores do município e região, o que permitiu cobrir com a forrageira uma área de aproximadamente 6.200 alqueires (15 mil hectares), nas modalidades consórcio milho e braquiária, braquiária solteira e integração lavoura-pecuária (ILP). 

Parceria com a Embrapa

O agrônomo Fernando Ceccato, da unidade da Cocamar em Iporã, lembra que muitos produtores são conscientes da importância desse manejo para a sustentabilidade de seus negócios e destaca que a parceria da Cocamar com a Embrapa Soja tem contribuído para isso.

AVALIAÇÃO DO SOLO – Por vários anos, em Iporã e outros municípios das regiões atendidas pela cooperativa, equipes da estatal – lideradas pelos pesquisadores Júlio Franchini, Henrique Debiasi, Esmael Lopes e Donizete Loni – realizaram uma detalhada avaliação do solo, em propriedades de cooperados. Entre outros aspectos, foram analisados nível de compactação, estrutura física, porcentagem de cobertura, análise nematológica, declividade do terreno e taxa de infiltração de água.

DEFICIÊNCIA – “O que se constatou, em resumo, foram solos muito deficientes e desequilibrados em seus aspectos físicos, químicos e biológicos”, diz o agrônomo, ao acrescentar que a compactação, entre outros problemas, dificulta a infiltração.

MELHORA DA ESTRUTURA – Com a braquiária, já no primeiro ano de implantação é possível observar uma melhora da estrutura física, entre outros itens, que coíbem a erosão, aumentam a atividade biológica e promovem um aporte de umidade, o que assegura mais resiliência às plantas em caso de um veranico, com reflexos positivos. (Jornal Cocamar)

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