Cocamar avalia perdas de milho e trigo com geadas

Perdas ainda estão sendo avaliadas, mas variam bastante de uma região para outra conforme a intensidade das geadas e estádio de desenvolvimento das lavouras

A sequência de geadas ocorridas este ano, sendo a primeira mais leve e a segunda de maior intensidade e abrangência, deve trazer prejuízos para boa parte dos produtores de milho e trigo na área de ação da Cocamar Cooperativa Agroindustrial, que possui uma rede de estações meteorológicas instaladas em suas unidades de atendimento nas regiões noroeste e norte do estado. Em vários municípios, os valores foram próximos de zero grau ou até mesmo negativos.

PERDAS – As perdas ainda estão sendo avaliadas pela equipe técnica da Cocamar, mas variam bastante de uma região para outra conforme a intensidade das geadas e estádio de desenvolvimento das lavouras em cada local. Na média, entretanto, o gerente técnico da Cocamar, Rodrigo Sakurada diz que a equipe técnica da Cocamar estima uma perda média de 10% considerando todas as regiões de atuação da cooperativa.

BAIXA ALTITUDE – Nas regiões de altitudes mais baixas, como Maringá, as geadas atingiram as lavouras de forma generalizada e não só nas baixadas. As lavouras de milho, entretanto, se encontravam em estádios mais avançados, sendo que cerca de 10% das áreas já foram colhidos. “A partir do estádio R6, temos a maturidade fisiológica da planta, fase em que praticamente não temos danos por geada”, explica Sakurada.

MAIS ATRASADO – Já nas regiões de altitudes mais altas, como Tamarana, as geadas também atingiram todo o município. Porém o fato de boa parte das lavouras estarem em um período de desenvolvimento mais suscetível, as perdas podem ser maiores do que na região de Maringá. “O ano mais chuvoso, com baixas temperaturas e o mês de março com pouca umidade fez com que a safra de milho fosse ‘esticada’, atrasando o desenvolvimento das lavouras. Como as geadas pegaram muitas lavouras numa fase mais crítica, o potencial de dano nestas regiões acaba sendo maior”, afirma Sakurada.

COLHEITA – A qualidade do grão também preocupa, já que dependendo da fase do milho e da intensidade da geada pode resultar em menor qualidade, sujeito a descontos maiores na classificação. “Só teremos uma melhor avaliação da situação, tanto quanto às perdas reais de produtividade e quanto à qualidade do grão quando esse milho atingido pelas geadas começar a ser colhido”, ressalta Sakurada. Para os próximos 15 dias a tendência é de tempo mais seco e com temperaturas aumentando um pouco, o que deve favorecer o avanço da colheita. 

CALAGEM E PALHADA – “Após a colheita é hora de o produtor também se preocupar em coletar solo fazer as correções com calagem e gessagem para a próxima safra e trabalhar com cobertura do solo, visando auxiliar a próxima safra de soja com um bom volume de palhada, para o caso de veranicos além de auxiliar muito no manejo de plantas daninhas”, orienta o gerente técnico. (Jornal Cocamar)

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