Nova safra sinaliza recuperação e força o protagonismo mineiro no
cenário nacional de cítricos_
Minas Gerais vem mostrando que a citricultura estadual vai além do
greening: o salto na produção reflete o amadurecimento competitivo
dos pólos citrícolas mineiros. A laranja segue como a protagonista
desse avanço, concentrando a maior fatia da colheita estadual, mas
tangerina e limão também ganham espaço, compondo um ecossistema de
frutas cítricas cada vez mais diversificado e valorizado.
No acumulado de janeiro a agosto de 2025, Minas registrou 1,48 milhão
de toneladas de frutas cítricas, um aumento de 17,2% frente ao mesmo
período em 2024. Desse total, a laranja responde por 90,3%, com
crescimento de 21% ano a ano, o que reforça seu papel de base
sólida da cadeia citrícola estadual. Paralelamente, o limão avança
com 100,7 mil toneladas, alta de 9%, e a tangerina, embora menos
destacada nos dados oficiais, se beneficia do dinamismo regional e de
demandas locais fortes.
Esse desempenho é ambientado por um mercado nacional com perspectivas
otimistas. A safra 2025/26 do cinturão citrícola de São Paulo e
Minas Gerais estima alcançar 314,6 milhões de caixas de laranja (de
40,8 kg), avanço de 36,2% sobre a temporada anterior.  Esse
crescimento projetado é atribuído ao número maior de frutos por
árvore, clima favorável e ampliação do parque produtivo. No
panorama nacional, a produção de laranja para 2025/26 pode atingir
cerca de 13 milhões de toneladas, de acordo com estimativas do USDA.
Outro ponto que ganha relevância nesse momento é a fertilização
dos pomares, essencial para manter a produtividade e a qualidade da
fruta em um cenário de margens apertadas. Técnicas de adubação
equilibrada, uso de fertilizantes de liberação controlada e manejo
mais eficiente dos nutrientes têm sido aliados importantes para
reduzir custos no médio prazo e assegurar maior competitividade,
mesmo diante das incertezas do mercado.
Para Leonardo Sodré, CEO da GIROAgro, empresa também mineira e 100%
nacional, o uso de fertilizantes líquidos de alta concentração é
uma das chaves para garantir a competitividade da citricultura
brasileira. “_O manejo adequado por meio da utilização de
fertilizantes líquidos é o ponto de partida para obter
produtividade, qualidade e rentabilidade. Quando aplicados de forma
eficiente, os fertilizantes melhoram o desempenho das plantas e ajudam
a controlar problemas fitossanitários, garantindo frutos de
excelência e fortalecendo a imagem do Brasil como líder mundial na
produção de cítricos_”, afirma o executivo.
No segmento limão, especialmente a variedade Tahiti / ácido-lima, as
exportações mostram sinais vigorosos: em janeiro de 2025, o Brasil
exportou 17,15 mil toneladas, aumento de 18,1% em comparação ao
mesmo mês de 2024, gerando US$ 14,83 milhões.  Esse ritmo sugere
que o limão nacional ganha protagonismo comercial, com potencial para
integração à cadeia global de cítricos.
Embora tangerina não apareça com peso expressivo nos levantamentos
mais recentes de Minas, a diversificação das operações
citrícolas, adotando cultivares adaptadas, manejo intensivo e
mercados locais, cria oportunidades para sua inserção competitiva. O
fortalecimento da infraestrutura logística e incentivo à agregação
de valor serão decisivos para esse crescimento.
_Estamos comprometidos em levar tecnologia e inovação para o campo,
oferecendo soluções que impulsionam o trabalho do produtor rural e
fortalecem a economia rural. Acreditamos que o investimento em
pesquisa e desenvolvimento, aliado à paixão e ao conhecimento do
produtor, é o caminho para uma citricultura cada vez mais
sustentável e produtiva_”, conclui Leonardo Sodré.