O café arábica é o principal responsável, com receita projetada em R$ 82,96 bilhões (72,23% do total).
O Valor Bruto da Produção (VBP) dos Cafés do Brasil para o ano-cafeeiro de 2025 totalizou R$ 114,86 bilhões. Esse montante representa um aumento de 46,2% em relação ao recorde anterior, de R$ 78,55 bilhões em 2024. O desempenho de 2025 indica um crescimento jamais visto, confirmando o ano como o novo marco na série histórica da cafeicultura brasileira.
O VBP é o faturamento bruto de uma propriedade rural, calculado com base na quantidade produzida e nos preços de mercado de produtos agrícolas e pecuários. É uma estimativa da receita total dos produtores e é frequentemente utilizado como indicador de desempenho do setor.
Os dados estatísticos foram extraídos do VBP Outubro/2025, documento elaborado e divulgado pela Secretaria de Política Agrícola (SPA) do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa).
A cifra de R$ 114,86 bilhões soma as receitas de Coffea arabica (café arábica) e de Coffea canephora (robusta+conilon), ambas com evolução expressiva.
A principal diferença entre o café arábica e o canéfora (também conhecido como conilon ou robusta) reside em suas características de sabor, cultivo e composição. O arábica é mais aromático, suave e ácido, com menor quantidade de cafeína, enquanto o canéfora é mais amargo, intenso e encorpado, com teor mais alto de cafeína.
Arábica impulsiona o faturamento
O café da espécie arábica é o principal motor da receita, mantendo sua predominância no faturamento nacional. A projeção é que esta variedade atinja R$ 82,96 bilhões em 2025, um forte crescimento de 45,8% em comparação com 2024. O arábica representa 72,23% do valor total estimado para 2025.
Já a receita do café canéfora é estimada em R$ 31,89 bilhões, valor que representa um aumento de 47,2% em comparação com 2024 e responde por 18,87% do total da arrecadação nacional.
Ranking estadual e liderança do sudeste
O faturamento recorde é puxado pela região Sudeste e por Minas Gerais, o maior estado produtor. Todas as estimativas refletem o maior montante já obtido com a cafeicultura em cada um dos estados citados. Confira abaixo o ranking dos cinco primeiros estados, com os valores do VBP por estado dos cafés brasileiros e a porcentagem sobre o total do VBP.
1º Minas Gerais, com R$ 59,03 bilhões (51,4% do VBP)
2º Espírito Santo, com R$ 29,22 bilhões (25,4%).
3º São Paulo, com R$ 10,77 bilhões (9,4%).
4º Bahia, com R$ 7,81 bilhões (6,8%).
5º Rondônia, com R$ 4,27 bilhões (3,7%).
Destaque das regiões
A Região Sudeste consolida sua supremacia, com faturamento de R$ 99,92 bilhões, o que equivale a 87% do VBP total. Na sequência, vem a Região Nordeste com R$ 7,84 bilhões (6,8%).
A Região Norte está na terceira posição, com R$ 4,45 bilhões (3,9%), a Região Sul, com R$ 1,69 bilhão (1,5%), e, por fim, a Região Centro-Oeste, cujo faturamento foi estimado em R$ 936,90 milhões, e com essa performance terá um montante menor que 1% da receita total (Forbes)




