Café em alerta: solo seco e nutrição desequilibrada desafiam o potencial da safra brasileira

Enquanto a umidade do solo decai até 25% em áreas cafeeiras do Brasil, a correção adequada do solo e o uso de fertilizantes de alta performance se tornam pivôs para garantir volume e qualidade da safra

A produção de café no Brasil, maior produtor mundial, enfrenta dois desafios simultâneos: solo com menor retenção de água e condições hídricas mais adversas, somados à necessidade de preparo do solo e fertilização precisa para alcançar o desempenho produtivo esperado. Um relatório recente da Reuters aponta que, entre 2002 e 2023, foram desmatados cerca de 737 mil hectares em regiões destinadas à cafeicultura e que em determinadas áreas a umidade do solo caiu até 25%.

Diante desse cenário, a preparação do solo com antecedência e o manejo nutricional adequado tornam-se ainda mais críticos: “Um solo bem preparado, com estrutura adequada, nutrientes disponíveis e correção de acidez, é condição básica para que a planta de café expresse seu potencial produtivo”, afirma Leonardo Sodré, CEO da GIROAgro.

Segundo Sodré, a adoção de fertilizantes de alta performance e o suporte técnico especializado são diferenciais competitivos e estratégicos: “O produtor busca não apenas oferta de insumos, mas também qualidade, eficiência e segurança na reposição dos nutrientes”. 

No campo, isso se traduz em etapas claras: análise agroquímica do solo, correção da acidez (calagem), reposição de macronutrientes (N, P, K) e micronutrientes, e ainda a aplicação de fertilizantes líquidos ou solúveis que permitem absorção mais eficiente, tudo isso antes e durante a fase crítica de florescimento e formação de grãos do café. Esse preparo reduz o risco de flutuações de rendimento causadas por solo deficitário ou mal nutrido.

Com a queda na umidade do solo, as raízes da planta de café enfrentam maiores dificuldades para absorver água e nutrientes, o que reforça a importância de um solo com boa estrutura, cobertura vegetal, matéria orgânica e fertilização equilibrada. Aliando esses fatores, o produtor melhora a resiliência da lavoura, mesmo quando as condições climáticas ficam adversas.

Dessa forma, solo bem preparado somado a fertilização correta resulta em maior estabilidade na safra, melhores rendimentos por hectare e qualidade no produto final. Num cenário em que o Brasil responde por mais de um terço da produção global de café, esse conjunto de práticas deixa de ser diferencial e se torna essencial para manter a competitividade e sustentabilidade do setor.

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