O café registrou forte queda na bolsa de Nova York nesta terça feira (2/9), ainda que os fundamentos de oferta permaneçam pessimistas. Os lotes do arábica para dezembro fecharam em baixa de 4,08%, a US$ 3,7035 a libra-peso.
De acordo com Marcus Magalhães, da MM Cafés, após o forte recuo nos preços do café robusta, negociado na bolsa de Londres, nas duas últimas sessões, já era esperado que o preço em Nova York seguisse a mesma direção. Na bolsa londrina, o robusta se desvalorizou quase 4%.
“O preço do café vinha carregando uma ‘gordura expressiva’, pois a alta de agosto foi muito forte, logo podemos entender como algo normal esse movimento de realização. Além disso, o mercado viu como positiva as chuvas em áreas de conilon do Brasil no último fim de semana”, diz Magalhães ao justificar o recuo do grão.
Ainda de acordo com ele, o café já subiu bastante na bolsa americana – elevação de 38% nos últimos 12 meses – e pode estar em um momento de acomodação, esperando para ver como se dará o desenvolvimento das floradas no Brasil, que podem impactar a produtividade da safra 2026/27.
Suco de laranja
Outro destaque de queda em Nova York foi o suco de laranja concentrado e congelado (FCOJ, na sigla em inglês). Os contratos para novembro fecharam em baixa de 2,86%, para US$ 2,3755 a libra-peso.
A cotação perdeu força após dados favoráveis de oferta. Os estoques globais de suco de laranja brasileiro em posse das empresas associadas à CitrusBR (Louis Dreyfus, Cutrale e Citrosuco) alcançaram 146,3 mil toneladas em 30 de junho de 2025, em FCOJ equivalente a 66° Brix. Esse volume representa um crescimento de 25,4% em relação ao no mesmo período do ano anterior.
Cacau
O cacau também registrou preços mais baixos nesta terça. Os contratos para dezembro cederam 2,13%, a US$ 7.546 por tonelada.
Açúcar e algodão
No mercado do açúcar, os lotes do demerara para outubro fecharam em queda de 1,34%, a 16,15 centavos de dólar por libra-peso. Ainda em Nova York, os lotes do algodão para dezembro fecharam em queda de 0,74%, com o valor de 66,05 centavos de dólar por libra-peso (Globo Rural)