Governo coloca Planos Setoriais de Mitigação em consulta; energia precisa melhorar e muito
O governo federal divulgou na última sexta-feira (18/7), a Estratégia Nacional de Mitigação, peça central para o Plano Clima e para a atualização das metas brasileiras no âmbito do Acordo de Paris. O documento orientará as ações de descarbonização dos principais setores da economia até 2035 e entrará em consulta pública no dia 28 de julho.
O Instituto Talanoa reconhece o avanço representado pela publicação da proposta, mas alerta que, para que o Brasil esteja à altura dos desafios globais e de seu próprio potencial, a Estratégia precisa ser mais ambiciosa no setor de energia, um dos alicerces da agenda climática e econômica nacional. Hoje, o texto em consulta abre margem para a continuidade dos combustíveis fósseis. Em vez de pavimentar o caminho para completar a transição energética, projeta um cenário de estagnação ou aumento de emissões no setor até 2035.
“Usar a crise climática como desculpa para travar renováveis é dar um tiro no pé. O Plano de Mitigação vê limites, mas o de Adaptação mostra soluções. Mitigação e adaptação têm que andar juntas — não dá pra aceitar contradições dentro do mesmo Plano Clima”, afirma Natalie Unterstell, presidente do Instituto Talanoa.
O Instituto acompanha a elaboração da Estratégia e reforça a importância da participação social na consulta pública, que está aberta até meados de agosto. Para a Talanoa, é fundamental que o país alinhe suas políticas climáticas à ciência, aos compromissos assumidos internacionalmente e ao seu potencial de protagonismo na transição energética global.
Confira a publicação no Blog da Talanoa: https://politicaporinteiro.org/2025/07/21/estrategia-nacional-de-mitigacao-o-plano-precisa-andar-pra-frente/