Brasil confinou 7,96 milhões de bovinos em 2024

Por Vera Ondei

O aumento foi de 11% ante 2023, acima da média histórica de 9%, segundo o censo da DSM-Firmenich

O Brasil confinou em 2024 foi de 7,96 milhões de bovinos, um aumento de 11% em comparação com 2023. O Censo de Confinamento é um mapeamento robusto liderado desde 2015 pela DSM-Firmenich, multinacional suíça-holandesa listada na Euronext Amsterdam, com operações em quase 60 países e receita anual na casa de 12 bilhões (R$ 76,5 bilhões). Atua em nutrição humana e animal, saúde e beleza. A estimativa no início de 2024 era de um desempenho para esta safra de gado confinado da ordem de 7,2 milhões de bovinos.

O censo cobre os 5.570 municípios no país, com informações coletadas por 800 funcionários de campo da multinacional, além de parceiros. Os dados foram coletados em 1.592 propriedades rurais. “O crescimento de 2023 para 2024, de 11%, foi acima da nossa média histórica que está em 9% ao ano. Houve uma participação realmente muito importante de fêmeas abatidas”, diz Walter Patrizi, gerente de confinamento da DSM-Firmenich. Segundo o especialista, esse cenário ainda deve ocorrer no primeiro semestre de 2025, as últimas antes da virada de ciclo da pecuária.

O destaque no confinamento é a região Centro-Oeste. “São 47% do volume confinado nos três estados do Centro-Oeste e se a gente somar Minas Gerais e São Paulo, esses estados garantem 75% do volume de gado confinado no Brasil”, afirma ele. Mas há estados que vem crescendo e chamando a atenção, como o Tocantins, por exemplo. “O Mato Grosso é o principal estado e que aumentou o número de animais, mas outras regiões estão surgindo”, afirma.

Os cinco estados com maior volume de bovinos confinados foram o Mato Grosso, com 1,7 milhão de animais (20% a mais sobre 2023); São Paulo, com 1,3 milhão de animais (aumento de 6,7%); Goiás, com 1,2 milhão de animais (incremento de 4,9%); Mato Grosso do Sul, com 800 mil animais (recuo de 4,4%); e Minas Gerais, com 800 mil animais (aumento de 4%).

Outra característica é que os maiores confinamentos cresceram mais em relação aos confinamentos menores que, em geral, reduziram o volume de animais. “É outro dado super importante que mostra tendência de estabilidade dos confinamentos abaixo de 10.000 cabeças, ao longo dos últimos anos, enquanto os confinamentos de grande e médio portes, acima de 10 mil cabeças, estão aumentando a participação”, diz Patrizi (Forbes)

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