Bovinocultura de Mato Grosso cresce com eficiência, rentabilidade e sustentabilidade

Investimentos em gestão e tecnologias nutricionais inovadoras ajudam os pecuaristas do estado com maior rebanho do país a driblar desafios e ampliar produtividade e ganhos 

Dono do maior rebanho bovino do país, Mato Grosso vem superando uma série de desafios – climáticos, ambientais e econômicos – e melhorando os resultados produtivos e financeiros na bovinocultura de corte nos últimos anos. Essa evolução na performance é acompanhada por uma pegada cada vez mais sustentável dos produtores.

Conforme dados do IBGE, entre 2016 e 2022 o plantel de Mato Grosso cresceu 12,3% (de 30,3 milhões para 34,2 milhões de cabeças) e a produtividade da pecuária aumentou 11% (de 71,2 para 79,1 quilogramas por hectare/ano). No mesmo período, o Valor Bruto da Produção Agropecuária (VBP) de bois mais do que dobrou (de R$ 10,9 bilhões para R$ 25,8 bilhões), segundo o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea). 

“Estamos produzindo mais carne em menor área, mas com mais receita: isso é ser sustentável”, resume o zootecnista e médico veterinário João Vitor Miralhe Pinto, gerente de vendas da Alltech na região, que ressalta: “ao aumentar a eficiência da utilização de recursos, é possível otimizar a produção e, assim, reduzir alguns efeitos colaterais, minimizando o impacto ambiental sem deixar de lados pilares como o social e o econômico”. 

Gestão para resultados 

Um dos fatores que favorece o bom desempenho em Mato Grosso é a gestão: as fazendas que optam por esse trabalho deparam-se com processos 100% personalizados na propriedade, com especialistas que acompanham as métricas para melhorar resultados. “Nosso trabalho é transformar a fazenda não só para produzir mais, mas para saber quanto está sobrando no bolso do produtor. O foco é a margem de lucro. Produtos e tecnologias de nutrição e adubação, além do manejo, entram de forma estratégica como ferramentas para cada cliente usar da melhor forma para potencializar seus ganhos. E o próximo passo é evoluir mais na gestão de pessoas”, explica o mestre em Produção e Nutrição Animal Guilherme Silveira, gestor da Silveira Consultoria e Gestão Pecuária.  

“Não adianta fazermos as mesmas coisas que fazíamos até alguns anos. Temos que nos adaptar a esse novo momento no cenário mundial, pensando principalmente em cada vez produzir mais de maneira sustentável”, reforça o médico veterinário e mestre em Produção Animal Mauricio Piona, sócio da Silveira Consultoria. “Quem não mede, não evolui. Primeiro, fazemos o raio-x da fazenda. Com todos os números em mãos, organizamos a produção, e indicamos os produtos de alta tecnologia adequados para cada situação, como os da Alltech, nossa parceira há quase dez anos”, detalha Guilherme Silveira. 

Soluções para desafios 

Mato Grosso também é um grande produtor agrícola, o que gera subprodutos. “Os bovinos conseguem transformar os resíduos de nutrição que seriam descartados no meio ambiente, por não serem apropriados ao consumo humano, como etanol de milho (DDG), capulho e caroço de algodão e farelo de amendoim, em proteína animal de qualidade”, pondera o gerente da Alltech. 

Porém, devido ao tempo e condições de conservação desses e de outros resíduos e produtos adotados em dietas, é necessária atenção especial ao controle de micotoxinas. ​Pesquisa da Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (APTA) em 2019 concluiu que “micotoxinas são uma preocupação séria”, prevalentes em 100% das dietas analisadas em confinamentos brasileiros. “Animais que consomem dietas contaminadas podem ter prejuízos em desempenho ou, em alguns casos, virem a óbito”, exemplifica João Pinto.  

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