Alterações climáticas repentinas: como a avicultura pode driblar os desafios de mudança drástica de temperatura?

Falta de cuidado pode levar não só a perdas zootécnicas significativas, mas também a um impacto financeiro negativo e multifacetado para os produtores.

Nos últimos anos, o Brasil tem testemunhado uma crescente instabilidade nas temperaturas, com mudanças drásticas ocorrendo de um dia para o outro. Este fenômeno desafia não apenas o cotidiano das pessoas, mas também coloca uma forte pressão na criação de animais. Na avicultura, por exemplo, que é considerada um dos motores do agronegócio brasileiro, as alterações climáticas têm colocado em alerta criadores de aves de todas as regiões do país.

Mas como os avicultores podem driblar as adversidades impostas pelo clima?

De acordo com a nutricionista animal da Quimtia Brasil, empresa especializada no desenvolvimento e fabricação de insumos para nutrição animal, Juliana Forgiarini, é essencial que os avicultores adotem uma abordagem integrada que combine estratégias ambientais e nutricionais. Segundo ela, a otimização da ambiência nos galpões é crucial.

“Isso inclui a implementação de sistemas de ventilação eficazes, nebulização e resfriamento evaporativo. Essas medidas ajudam a manter uma zona de conforto térmico ideal, mesmo quando as temperaturas externas flutuam drasticamente”, explica a especialista.

Para ela, monitorar continuamente as condições internas também é essencial. Juliana pontua que tecnologias que registram em tempo real a temperatura e umidade permitem ajustes rápidos e precisos, garantindo um ambiente estável para as aves.

As mudanças repentinas de temperatura podem gerar diversos efeitos negativos nas aves, provocando um quadro de estresse térmico que compromete sua saúde e produtividade. As aves tendem a reduzir o consumo de ração e água, impactando negativamente a conversão alimentar e o ganho de peso. Isso resulta em menor eficiência produtiva e qualidade dos produtos, como carne e ovos.

“Além disso, o estresse aumenta a vulnerabilidade a doenças, elevando as taxas de mortalidade. E essa combinação de fatores eleva não só as perdas zootécnicas significativas, mas também um impacto financeiro negativo e multifacetado aos produtores”, afirma.

Alimentação ajustada também ajuda a driblar os desafios

No âmbito nutricional, a formulação de dietas específicas que incluam aditivos para o equilíbrio da microbiota intestinal, digestibilidade aprimorada dos nutrientes e suporte antioxidante é fundamental para mitigar o impacto do estresse térmico.

Além disso, a suplementação com eletrólitos e vitaminas via água ou ração pode ajudar a restaurar o equilíbrio eletrolítico das aves e potencializar suas defesas. “Capacitar equipes de manejo através de treinamento contínuo é igualmente importante para assegurar que os sinais de estresse sejam detectados precocemente e que as medidas corretivas sejam implementadas de forma eficiente”, lembra Juliana.

Embora muitos avicultores já tomem medidas para enfrentar os desafios climáticos, essas ações são, em grande parte, reativas e podem não ser totalmente otimizadas. Para a nutricionista animal, contar com o suporte técnico de empresas especializadas, assim como a Quimtia, por exemplo, que vem buscando entender cada vez mais as reais necessidades de implementação, pode ser decisivo.

“Ter uma abordagem proativa e bem-informada é fundamental não apenas para manter, mas também para melhorar a produtividade e rentabilidade dos avicultores brasileiros”, finaliza Juliana Forgiarini.

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