Alimentação sobe 2% e tem maior alta desde maio de 2022 em SP

Carnes e produtos do café da manhã têm as maiores pressões na taxa de inflação

O café da manhã ficou mais caro para os consumidores, o que levou a taxa de inflação dos alimentos para o maior patamar desde maio de 2022. A pressão veio também das refeições, devido à puxada de preços das carnes e dos produtos “in natura”, principalmente das verduras.

Os preços médios dos alimentos subiram 2% na segunda quadrissemana deste mês. O período compreende a média dos últimos 30 dias (terminados de 15 de novembro), em relação aos 30 imediatamente anteriores.

Esse patamar de taxa não era registrado desde a segunda quadrissemana de maio de 2022, período de pico da inflação, conforme dados divulgados pela Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas) nesta terça-feira (19/11).

Vários produtos que estavam com uma reversão de preços, após alta acentuada alta nos anos anteriores, voltaram a subir.

O café tem uma das principais elevações. Apenas nos últimos 30 dias, ficou 3,7% mais caro, acumulando 25% no ano.

Pãozinho e açúcar, produtos que também vinham com queda de preços, voltaram a ficar mais caros nesta quadrissemana. O leite, após acumular elevação de 25% no ano, tem estabilidade no varejo.

A captação de leite melhorou no campo, mas os preços sobem devido à intensa procura do produto pelas indústrias de processamento. Os derivados lácteos, como manteiga e iogurte, também pesam mais.

Um dos pesos importantes no bolso do consumidor continuam sendo as carnes. A bovina, com o aumento da arroba do boi gordo no campo, subiu 9,4% apenas nos últimos 30 dias nos supermercados.

Os cortes com preços menores tiveram reajustes acima da média, como ocorreu com patinho, acém e músculo, que ficaram pelo menos 11% mais caros. No embalo da carne bovina, a de frango subiu 3,3%, e a suína, 6% no período.

O aumento do preço da soja puxa também o do óleo nos supermercados. Apenas nos últimos 30 dias, a correção foi de 10,3% para o produto, segundo a Fipe. A demanda deste óleo cresceu com o aumento da mistura de biodiesel ao diesel.

Arroz e feijão ficaram fora das pressões no índice inflacionário. O cereal está com preços estáveis, mesmo neste período de entressafra, enquanto a leguminosa, com boa oferta, caiu 0,4% nos últimos 30 dias (Folha)

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