Algodão em rotação com grãos é promissor

Tradicionais produtores de grãos em Sertanópolis (PR), onde cultivam 172 alqueires de soja e milho, além de 8 alqueires de trigo, Milton Martinez e sua esposa Zuleide estão atentos também a uma cultura que se mostra promissora para um programa de rotação no norte do estado: o algodão. O Rally Cocamar de Produtividade passou por lá.

RENTÁVEL – O casal fala com a experiência de quem já fez cinco safras seguidas nos últimos anos, assegurando ser um negócio rentável e com um retorno pelo menos duas vezes superior em comparação à soja, embora o custo de implantação seja maior.

MECANIZADA – Diferente de outros tempos, quando o Paraná chegou a ser o maior produtor nacional de algodão, demandando muita mão de obra, a cultura atualmente é toda mecanizada e, na opinião de Milton, tem viabilidade para ser mais uma alternativa econômica aos agricultores paranaenses. Para a colheita, são contratados prestadores de serviços credenciados pela Associação dos Cotonicultores Paranaenses (Acopar), sediada em Ibiporã (PR).

VERÃO E INVERNO – Milton e Zuleide começaram cultivando 5 alqueires e, ao longo dos anos, a média de produtividade variou entre 540 e 660 arrobas por alqueire. A semeadura é feita a partir de novembro e a intenção deles, no próximo ciclo, é cultivar 8 alqueires. São 12 sementes por metro linear, com distância de 90cm em média, mas há estudos para promover um adensamento maior, pensando no algodão também como opção para os meses de inverno. “Como no inverno a planta apresenta, naturalmente, uma produção menor, vamos realizar um projeto de plantio mais adensado para, no geral, não perder produtividade”, informa Milton, que integra o conselho consultivo da Cocamar.

ASSISTÊNCIA – A assistência técnica é prestada pelos técnicos da Acopar, que acompanham também os produtores interessados em conhecer a cultura. A entidade está formando parcerias com instituições de pesquisa com o objetivo de desenvolver tecnologias mais específicas para essa cultura no Paraná. Atualmente,14 produtores se dedicam ao cultivo de algodão no estado, cuja produção é toda destinada para uma algodoeira em Martinópolis (SP), a 155 quilômetros de Sertanópolis. 

ROTAÇÃO – Milton diz não ter dúvidas de que a cotonicultura vale a pena, especialmente como alternativa de rotação. Além do retorno financeiro, a soja e o milho apresentam desenvolvimento melhor em áreas antes ocupadas pelo algodão.

SOJA – Quanto a soja, a expectativa é fazer a semeadura a partir do início da segunda quinzena de outubro, torcendo para que, até lá, o clima seja mais favorável.

ILP – Milton e Zuleide têm um casal de filhos, dos quais Arthur, de 22 anos, estudante de agronomia na Universidade Estadual de Maringá (UEM), faz estágio em integração lavoura-pecuária (ILP). Eles são sócios nessa propriedade com o irmão Márcio Martinez, com quem possuem uma outra área em Cidade Gaúcha (PR), onde fazem integração lavoura-pecuária (ILP) com as culturas de soja e milho e cruzamento industrial de bovinos.  (Jornal Cocamar)

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