Nome de André Corrêa do Lago, escolhido por Lula, foi elogiado por integrantes da bancada ruralista
O agronegócio respirou aliviado com a indicação do embaixador André Corrêa do Lago para presidir a COP30, pois temia uma escolha “ideológica” –em outras palavras, a ministra Marina Silva (Meio Ambiente) ou alguém indicado por ela.
“Vejo com ótimos olhos a indicação do embaixador, que é uma pessoa extremamente preparada, competente”, diz o líder da bancada ruralista no Congresso, deputado federal Pedro Lupion (PP-PR).
Segundo ele, havia receio de uma escolha “política ou ideológica”. “Um dos grandes temores era que fossem colocar um cupincha da Marina, ou a própria Marina”, afirmou.
Ele diz que discretamente lideranças do agronegócio fizeram chegar ao governo Lula o recado de que Corrêa do Lago seria bem aceito pelo setor, em razão de seu perfil técnico.
Ex-ministra da Agricultura no governo Jair Bolsonaro, a senadora Tereza Cristina (PP-MS) diz que o embaixador “não é um xiiita, nem um ativista”.
“É um excelente nome para o cargo, pois conhece muito essa área, numa perspectiva ampla. Tive oportunidade de trabalhar com ele e ver sua competência quando era ministra da Agricultura e ele, embaixador do Brasil na Índia”, afirmou.
Segundo a senadora, a chegada ao poder de Donald Trump nos EUA pode ter influenciado na opção feita por Lula. “É uma escolha pelo equilíbrio, o que não aconteceria se fosse a Marina ou alguém ligado a ela”, disse.
Cristina acrescenta que é importante que a COP30 não seja “um encontro sobre desmatamento”. “Tem que ser uma COP que mostre o Brasil como um polo de energia limpa e de agricultura técnica, sustentável” (Folha)