O agronegócio brasileiro vive um novo ciclo em 2025, que traz um aprendizado. A recuperação judicial deixou de ser recurso emergencial para se tornar parte do planejamento de muitos produtores. A alta de 44,6% nos pedidos no primeiro trimestre mostra que, diante de juros elevados e crédito restrito, o Judiciário virou ferramenta de reequilíbrio e não apenas de socorro.
Esse movimento revela que a recuperação judicial passou a integrar o planejamento de muitos produtores, diante de um ambiente financeiro cada vez mais hostil. Para Matheus Matos, sócio da MA7 Negócios, o dado é sintomático. Produtores recorrem ao Judiciário como ferramenta para ganhar tempo e preservar a operação. Isso não é sinal de fragilidade apenas, mas de adaptação a um sistema de crédito que deixou de atender à realidade do campo, afirma ele.
Entre as transformações em curso, cresce o mercado de créditos judiciais, que permite converter tributos, indenizações e ações em liquidez imediata. Essa alternativa já movimenta bilhões no país e vem garantindo fôlego de caixa para agricultores, segundo Matos (Folha)