Ações de Trump colocam agro dos EUA em situação bastante adversa

Alta de custos e restrições no mercado externo fazem receitas recuarem para 2007.


Enquanto Donald Trump coloca incertezas sobre o comércio mundial, brincando de imperador do mundo, os agricultores do país, um dos seus pilares de sustentação, passam por séria crise. Além de elevação de custos, perdem participação no mercado externo e na obtenção de receitas com seus produtos.

O confronto que Trump travou com os chineses no seu primeiro mandato obrigou o governo americano a injetar próximo de US$ 25 bilhões na agropecuária para ajudar os produtores na administração de suas contas.

Neste segundo mandato, o cenário parece ainda pior. Os custos aumentaram, os Estados Unidos estão perdendo participação no mercado externo e a conta da agropecuária, mais uma vez, não fecha.


O Usda (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) já se movimenta para mais uma rodada de ajuda bilionária ao setor. Afinal, os produtores do país estão perdendo o principal mercado importador, que é a China.

Nesta safra de 2025/26, período em que os americanos estão obtendo um bom resultado com as lavouras, principalmente com a de milho, o país asiático ainda não efetuou nenhuma aquisição de produto nos Estados Unidos. A nova safra já chega aos armazéns, mas ainda não há definição de compras por parte dos chineses, aqueles que já estiveram entre os principais parceiros nesse setor. Com isso, a previsão é de que as receitas dos produtores americanos deste ano, após corrigidas pela inflação, sejam as menores deste 2007.

Além desse cenário mundial desfavorável para o produtor americano, provocado por medidas tarifárias do governo, os Estados Unidos perdem a liderança mundial em produtos chaves no setor.

Um deles é a soja. A América do Sul, capitaneada pelo Brasil, vem obtendo produções recordes com a oleaginosa, mas os Estados Unidos não conseguem romper a barreira dos 122 milhões de toneladas, uma meta almejada há vários anos.

Se as previsões de produção do Usda se confirmarem para a safra 2025/26, a América do Sul obterá uma safra 107% superior à dos Estados Unidos. O Brasil e seus vizinhos deverão colocar 242 milhões de toneladas de soja no mercado, enquanto os americanos estacionaram nos 117 milhões.

O Brasil, que representava 38% da produção mundial há cinco anos, tem agora uma participação de 41%. Já a presença dos Estados Unidos recuou de 31% para 27% no período. Antes líderes mundiais isolados na produção, os americanos começaram a ser ultrapassados pelos brasileiros a partir da safra 2001/02, segundo acompanhamento da AgRural.

Os americanos voltam a obter recorde na produção de milho, com exportações previstas de 76 milhões de toneladas no período 2025/26. Se confirmada essa estimativa, os Estados Unidos aumentam as vendas externas em 9% nos últimos cinco anos. Já o Brasil, com estimativas de colocar 43 milhões de toneladas no mercado externo, eleva esse número em 105% no mesmo período, conforme dados do próprio Usda (Folha)

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