Demanda pelo produto não cresceu na mesma proporção do aumento de produção dos últimos anos.
Os preços do arroz em casca encerraram maio com queda acumulada 41% em 12 meses, voltando aos patamares de maio de 2022, conforme dados do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea). A variação negativa mostra um movimento contrário ao que aconteceu no mesmo intervalo de tempo nos dois anos anteriores.
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Entre maio de 2022 e maio de 2023, a variação havia sido positiva em 15%. Já entre maio de 2023 e maio de 2024, houve forte alta de 45%. Segundo o Cepea, essas altas anteriores elevaram a atratividade da cultura, com produtores aumentando a área cultivada. Entretanto, as demanda interna e externa não cresceram na mesma proporção, resultando em excedente e em recuo nas cotações na safra 2024/25.
No balanço de maio (entre 30 de abril e 30 de maio), dados do Cepea mostram que a desvalorização do arroz em casca foi de 6,92%, o que desestimulou os negócios no spot, tanto por parte de compradores quanto de vendedores. Do lado industrial, pesquisadores explicam que a justificativa para a redução nas ofertas de compras está na dificuldade de repassar os preços adiante e manter a competitividade. Já produtores resistem à comercialização, argumentando que os valores praticados não cobrem os custos.
Neste início de junho, as cotações do arroz em casca seguem em queda. O indicador Cepea/Irga-RS registrou o preço médio de R$ 70,01 a saca de 50 quilos nesta terça-feira (3/6), uma queda acumulada de 0,92% desde o último dia de maio (Globo Rural)
