Minas Gerais cresce 370% em área destinada à silvicultura em 38 anos e lidera ranking nacional

Minas Gerais lidera o ranking brasileiro em área destinada à silvicultura, totalizando 1,8 milhões de hectares para essa atividade. Desde 1985, a extensão de terras no estado dedicada ao cultivo de florestas plantadas cresceu 370%, de acordo com dados do MapBiomas divulgados em 2023.

A silvicultura, voltada para o cultivo de florestas comerciais que atendem à demanda do mercado, encontrou em Minas Gerais um ambiente favorável.

 “Um dos pontos positivos de Minas Gerais é que existe uma grande área disponível para plantio, e pelas condições climáticas e de solo, é possível plantar em todo o território, o que chama a atenção de investidores e produtores rurais neste segmento”, explica Gilberto Capeloto, gerente comercial do Instituto Brasileiro de Florestas (IBF).

O Brasil tem apresentado aumento na área destinada à silvicultura ao longo dos anos. Segundo o Map Biomas, o espaço era de 1,5 milhões de hectares em 1985, e passou para 8,9 milhões no ano passado. Além de Minas Gerais, Paraná e Santa Catarina são destaques e ocuparam 2º e 3º lugar no ranking de estados com maior território para a atividade. 

Recentemente, o Conselho Estadual de Política Ambiental (Copam) implementou uma mudança que simplifica o licenciamento ambiental em Minas Gerais, em conformidade com a Lei Federal nº 14.876, que entrou em vigor em 31/5/2024. 

Esta lei exclui a silvicultura da lista de atividades consideradas potencialmente poluidoras, facilitando o cultivo de florestas comerciais ao reconhecer seu caráter sustentável e os benefícios ambientais que promove.

De acordo com especialistas, Minas Gerais tem atraído investimentos internacionais significativos. 

“Temos mais de 350 investidores no Polo Florestal de Mogno Africano em Minas Gerais, incluindo australianos, africanos, russos e panamenhos, que escolheram o estado pelo seu potencial produtivo”, afirma Capeloto.

O Mogno Africano, uma espécie exótica de madeira nobre com alto valor agregado, é cortado entre 17 e 20 anos após o plantio e vendido para as indústrias moveleira, náutica, de ornamentos e instrumentos musicais. Segundo projeções, um investimento mínimo de 6 hectares de área útil pode render cerca de R$ 10 milhões ao final do ciclo.”

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