A cerca de um mês para o encerramento do ano comercial 2023/24 do algodão norte-americano, consolida-se a avaliação de que o Brasil vai assumir pela primeira vez a liderança global na exportação da pluma, acabando com um reinado de décadas dos Estados Unidos.
Segundo o presidente da Associação Nacional dos Exportadores de Algodão (Anea), Miguel Faus, a liderança chega antes do previsto e vem após um salto anual de cerca de 85% nas exportações, em meio a safras e embarques recordes no Brasil e forte demanda de países asiáticos, incluindo a China, enquanto nos EUA a produção recuou por problemas climáticos.
O ano safra 2023/24 do Brasil termina um mês antes do norte-americano, em junho, período no qual o país deverá fechar com exportações recordes de cerca de 2,6 milhões de toneladas, versus 1,396 milhão de toneladas no ciclo anterior de 12 meses, estimou Faus.
Até a última sexta-feira, conforme dados do governo citados, os embarques somavam 2,538 milhões de toneladas no acumulado da safra, volume já acima do recorde anual anterior marcado em 2020/21, quando o Brasil exportou 2,414 milhões de toneladas (Reuters)