Os dados estão disponíveis no Agro Mensal, relatório divulgado pela Consultoria Agro do Itaú BBA
Nos primeiros dez dias de dezembro, o milho manteve a tendência positiva na CBOT, apoiado pela demanda firme pelo grão norte-americano. No Brasil, os preços avançaram em novembro e seguiram em alta no início de dezembro, sustentados pela demanda interna para ração e produção de etanol.
Na Bolsa de Chicago (CBOT), o milho registrou a terceira valorização mensal consecutiva em novembro, com alta de 2,1%, para US$ 4,30 por bushel. No início de dezembro, o cereal manteve o movimento de alta, com média de US$ 4,35 por bushel, avanço de 1,1%. Além de acompanhar a alta da soja, o milho foi beneficiado pela forte demanda pelo produto dos Estados Unidos, que segue competitivo em relação a outras origens.
No mercado doméstico, os preços subiram 2,8% em novembro em Sorriso (MT), para R$ 50 por saca, e avançaram mais 3,1% nos primeiros dez dias de dezembro, para R$ 51,30 por saca. A demanda interna manteve suporte às cotações, com aumento do consumo para ração e etanol. Apesar do ritmo de embarques abaixo do esperado no início da temporada, a menor intensidade das exportações ainda não pressionou os preços, uma vez que a demanda doméstica absorveu parte do milho disponível.
Além disso, as preocupações com a janela de plantio da segunda safra contribuíram para sustentar os preços ao longo da curva da B3. Os próximos dias serão decisivos para a definição da janela de semeadura e dos investimentos na segunda safra. A área destinada ao milho dependerá dos preços, do avanço da colheita da soja e dos riscos climáticos, especialmente nas regiões onde houve atraso na semeadura da safra de verão.




