Tendência de baixa nas cotações do cereal deve continuar até o início de 2026.
Os preços mundiais do arroz voltaram a cair 1,6% em setembro, segundo o acompanhamento do Centro de Cooperação Internacional em Pesquisa Agronômica para o Desenvolvimento Cirad) da França. O índice Osiriz/InfoArroz (IPO) caiu 3 pontos, para 183,5 pontos (base 100 = janeiro de 2000).
A contração dos preços foi particularmente expressiva no Vietnã e nos Estados Unidos, entre 4% e 5%. Já na Índia e na Tailândia, a queda foi mais moderada, em torno de 1%.
Em um ano, desde o fim das restrições às exportações da Índia, os preços mundiais caíram 35%, atingindo seu nível mais baixo desde 2015, afirma o Cirad, em relatório.
“A forte concorrência entre os exportadores, devido ao excesso de oferta, e à escassa demanda mundial continuam pesando sobre os preços do arroz. As boas condições meteorológicas estimularam as colheitas em 2025, tanto nos países exportadores quanto nos importadores”, diz a entidade.
Os principais compradores, como as Filipinas e a Indonésia, reduziram consideravelmente sua demanda de importação. Além disso, as Filipinas prorrogaram as medidas restritivas de importação até o fim do ano.
Com a chegada das novas safras asiáticas, a tendência baixista dos preços mundiais deve continuar, pelo menos até o início de 2026.
Em adição, a Índia dispõe de excedentes abundantes de estoques, parte dos quais serão comercializados no mercado externo nos próximos meses.
Diante dessas condições, as previsões para as exportações indianas em 2026 foram revisadas para atingir um novo recorde, entre 25 milhões e 26 milhões de toneladas, já quase 42% das exportações mundiais. Em 2025, o comércio mundial poderia atingir 61,2 milhões de toneladas, um aumento de 2,6% em relação a 2024.
Em meados de outubro, o índice IPO continuava caindo, para 176 pontos (Globo rural)
