Valor de produção florestal cresceu e bateu recorde em 2024

Dados são do IBGE. Minas Gerais se manteve na liderança entre os Estados no ranking de valor de produção florestal.

O valor da produção florestal cresceu 16,7% em 2024 e atingiu novo recorde, de R$ 44,3 bilhões, mostra a pesquisa Produção da Extração Vegetal e da Silvicultura (PEVS 2024), divulgada nesta quinta-feira (25/9) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Foi o quinto ano seguido de alta no resultado e o ritmo de expansão foi maior que o registrado na passagem entre 2022 e 2023 (11,2%).

Ao todo, 4.921 municípios brasileiros têm alguma atividade de produção florestal, seja de silvicultura – que é a exploração de madeiras de florestas cultivadas, como eucalipto e pinus, para fins comerciais – ou de extração vegetal – que são as áreas não plantadas, de florestas nativas, incluindo de madeiras a alimentos.

No caso da extração vegetal, o IBGE usa diferentes fontes, como o cadastro de autorizações do Ibama, mas também dados de órgãos municipais e estaduais, que podem incluir madeira extraída de forma ilegal.

A silvicultura respondeu, em 2024, por 84,1% do valor da produção florestal – desde 2000 o valor gerado pela atividade é maior que o da extração vegetal. O valor gerado pela silvicultura cresceu 17,4%, para R$ 37,2 bilhões, enquanto a expansão no caso da extração vegetal foi de apenas 13%, para R$ 7 bilhões.

O valor de produção florestal cresceu 140% entre 2019 e 2024 no Brasil, movimento puxado pela silvicultura, segundo o gerente de agricultura do IBGE, Carlos Alfredo Barreto Guedes: “As questões climáticas e a tecnologia explicam o Brasil como principal produtor e exportador de celulose. Vemos uma participação cada vez maior da silvicultura no valor da produção florestal, em detrimento do extrativismo”.

No ano de 2024, afirma ele, os preços da celulose ajudam a explicar essa expansão. “O preço da celulose estava bem atrativo em 2024. O impacto dos preços da celulose é bem expressivo para gerar esse valor de produção”, diz.

Esse fator ajudou também a impulsionar a área de florestas plantadas no país, que avançou 2,2% em 2024, para quase dez milhões de hectares (9,906 milhões). Foi uma diferença de 217,7 mil hectares de cobertura.

O crescimento da silvicultura se intensificou a partir de 2019, com aumento da procura por papel e celulose depois da pandemia, por causa da expansão do comércio online e do delivery de comida. Entre 2019 e 2024, a produção de madeira em tora para papel e celulose teve alta de 53,5%, enquanto a madeira em tora para outras finalidades cresceu 27,8% no mesmo período.

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Em 2024, a produção brasileira de madeira em tora para papel e celulose foi recorde, com 122,1 milhões de metros cúbicos. Com isso, renovou o recorde de 2023 (113 milhões).

Dados do Ministério de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Mdic) mostram que o Brasil é o maior exportador mundial de celulose, com 19,7 milhões de toneladas em 2024, 3,1% a mais que em 2023. O valor das exportações cresceu 33,2% ante 2023, para US$ 10,6 bilhões.

No extrativismo vegetal, o crescimento do valor de produção foi de 9,8% na madeira em tora, 22,5% na lenha e 43% no carvão vegetal. “Todos os produtos foram influenciados pelo aumento de produção e dos preços. Na lenha, o maior impacto foi dos preços”, afirma Guedes.

Minas lidera valor da produção florestal

Minas Gerais se manteve na liderança entre os Estados no ranking de valor de produção florestal no Brasil enquanto o Mato Grosso do Sul avançou a sétima para a quinta posição, mostra a pesquisa Produção da Extração Vegetal e da Silvicultura (PEVS 2024).

Os dados divulgados nesta quinta-feira (25/9) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram que o valor de produção de Minas Gerais ficou em R$ 8,6 bilhões em 2024. Desse montante, R$ 8,5 bilhões vêm da silvicultura, o que representa 22,8% do valor de produção da atividade no Brasil.

O Mato Grosso do Sul, por sua vez, ampliou o valor de produção florestal para R$ 3,477 bilhões e, com isso, alcançou a quinta posição no ranking estadual. Em 2023, estava na sétima posição.

Além de Minas Gerais e Mato Grosso do Sul, estão entre os cinco primeiros colocados no valor de produção floresta do país Paraná, São Paulo e Rio Grande do Sul.

Entre os municípios, General Carneiro, no Paraná, manteve a liderança, com R$ 674,4 milhões, enquanto Três Lagoas, no Mato Grosso do Sul, passou de sexta para a segunda posição no ranking. Outro destaque foi o município de Brasilândia, também no Mato Grosso do Sul, que avançou do 13º para o quarto lugar na lista do ranking de produção florestal.

Dos 20 municípios do país com os maiores valores da produção florestal, 19 sobressaem na exploração de florestas plantadas (Globo Rural)

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