A saúde e longevidade dos cavalos podem ser seriamente comprometidas por um inimigo muitas vezes invisível: os parasitas. Vermes gastrointestinais, carrapatos e outros organismos representam ameaças constantes ao bem-estar dos equinos, afetando diretamente o desempenho e reduzindo a expectativa de vida quando não controlados de forma adequada.
“Os parasitas internos (endoparasitas), como vermes redondos, estão entre os mais comuns e perigosos. Eles se instalam no trato digestivo, provocando cólicas, emagrecimento, anemia, diarreia e, em casos mais graves, até mesmo a morte, explica a zootecnista Paula Kawakami, coordenadora de produtos para grandes animais da Syntec.
Infestações crônicas comprometem o sistema imunológico dos animais, tornando-os mais vulneráveis a enfermidades. Além disso, cavalos infectados dificilmente atingem o desempenho máximo, prejudicando não apenas a lida diária, mas o resultado de competições. “Fadiga precoce, perda de massa muscular e dificuldade de recuperação após o exercício são sinais frequentes em equinos com alta carga parasitária”, alerta a especialista.
Sem controle eficiente, os danos se acumulam ao longo do tempo, afetando órgãos vitais e encurtando a vida do animal. Em haras e centros de treinamento, a ausência de programas preventivos eficazes pode provocar sérios prejuízos econômicos, tanto pela queda de rendimento quanto pelo aumento nos custos com tratamentos e manejo.
“O controle parasitário eficaz exige abordagem integrada: vermifugação regular, exames de fezes, manejo sanitário das pastagens, higienização das baias e controle de vetores. É muito importante que criadores, proprietários e treinadores consultem um médico-veterinário para estabelecer o protocolo de vermifugação adaptado à realidade de cada animal e propriedade”, finaliza Paula.