Preços do açúcar caem enquanto etanol tem a sétima alta semanal consecutiva

Proximidade do encerramento da moagem da cana da safra 2025/26 influencia cotações.

Os principais derivados da cana-de-açúcar (açúcar cristal e etanol) estão apresentando movimentos contrários nas cotações no início do mês de setembro. Enquanto o adoçante registra novas quedas, o biocombustível apresentou a sétima alta consecutiva, informa o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea).

Na semana passada (de 1º a 5 de setembro), o indicador do açúcar cristal Cepea/Esalq teve média de R$ 118,52 a saca de 50 quilos, queda de 0,14% frente à do período anterior. Pesquisadores explicam que a desvalorização está relacionada à baixa demanda e ao fato de agentes de usinas terem cedido aos preços, para viabilizar as vendas. Além disso, o movimento de retração dos valores do açúcar demerara na Bolsa de Nova York levaram compradores brasileiros a adotar postura cautelosa, aguardando a reação do mercado interno paulista antes de efetuar novos negócios.

A produção de açúcar nas usinas paulistas segue em ritmo intenso, mesmo diante da menor qualidade da cana, o que pode ter reforçado a pressão sobre as cotações. De acordo com dados da União da Indústria de Cana-de-Açúcar e Bioenergia (Unica), o Estado de São Paulo produziu 2,368 milhões de toneladas do adoçante na parcial da safra 2025/26 (de abril até a primeira quinzena de agosto), aumento de 20,46% em relação ao mesmo intervalo do ano passado. O elevado volume se explica pelo mix de produção mais voltado ao açúcar: 61,64% das 27,722 milhões de toneladas de cana processadas em São Paulo.

Já o preço do etanol hidratado iniciou setembro com nova alta no mercado spot do Estado de São Paulo, aponta levantamento do Cepea. Trata-se da sétima semana consecutiva de avanço.

Entre 1º e 5 de setembro, o indicador Cepea/Esalq do etanol hidratado fechou em R$ 2,7831 por litro (líquido de ICMS e PIS/Cofins), aumento de 1,52% no comparativo ao período anterior. Para o anidro, a elevação foi de 1,96%, a R$ 3,1838 o litro.

O suporte aos valores vem da postura firme do vendedor, que segue ofertando baixos volumes no spot e tem perspectivas de novas elevações nos próximos meses. Outro fator que influencia as cotações do biocombustível é a proximidade do encerramento da moagem da safra 2025/26. Com o clima seco ao longo da temporada, o processamento de cana avançou em ritmo acelerado. Levantamento do Cepea mostra que algumas poucas usinas já devem encerrar as atividades em outubro (Globo Rural)

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