Tendência ainda é de queda para os futuros dos grãos, em meio a uma oferta firme e demanda em baixa.
A soja registrou leve alta na bolsa de Chicago, mas quadro de oferta favorável para o grão ainda deve direcionar as cotações para o lado negativo no médio prazo. Nesta quinta-feira (4/9), os contratos da oleaginosa para novembro subiram 0,15%, negociada a US$ 10,33 o bushel.
Há pouco espaço para uma reação mais consistente nas cotações futuras, à medida em que a pressão de oferta aumenta com a proximidade da colheita nos EUA, que deverá começar nos próximos dias.
Além desse fator, analistas acreditam na manutenção de queda para a soja enquanto a China não volta a comprar soja americana.
“Até este momento da safra 2025/26, a China não bateu às portas da safra de soja nos EUA. Não há como os chineses ficarem sem comprar, mas, ao retardar essas importações, a China coloca ainda mais pressão de queda nos futuros”, diz Enio Fernandes, analista da Terra Agronegócios.
Segundo análise feita recentemente pelo Rabobank, o Brasil ainda deve destinar grandes volumes de soja para a China no segundo semestre.
Milho
O preço do milho avançou em Chicago, pautado por ajustes técnicos. Os contratos que vencem em dezembro fecharam em alta de 0,42%, a US$ 4,1975 o bushel.
O cereal segue a mesma tendência da soja na bolsa, e deve registrar baixas ainda mais expressivas no mercado internacional em razão da perspectiva de uma safra recorde nos EUA em 2025/26, que deve superar as 426 milhões de toneladas.
Trigo
Por mais uma sessão o preço do trigo caiu, e o mercado segue impactado pela pressão de oferta. Os contratos para dezembro caíram 0,48%, a US$ 5,1950 o bushel (Globo Rural)