Cecafé, que reúne o segmento, tenta negociar com representantes do setor e autoridades americanas a inclusão do produto na lista de exceções.
O Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé) manifestou preocupação com a decisão do governo federal de avançar com o processo necessário para a aplicação da Lei de Reciprocidade Econômica contra os EUA. Em nota, a entidade avalia que a medida deve prejudicar as negociações do setor com órgãos americanos.
Na próxima semana, exportadores brasileiros discutirão a tarifa de 50% sobre produtos brasileiros nos Estados Unidos. A agenda inclui encontros com escritórios de advocacy, National Coffee Association (NCA), representantes da indústria cafeeira, Departamento de Estado, e evento da Câmara de Comércio Brasil-EUA, na Embaixada do Brasil em Washington.
Dentre os desfechos da abertura do processo na Câmara de Comércio Exterior do Brasil (Camex), está a notificação dos EUA sobre a resposta brasileira ao tarifaço. A medida “deverá colocar a comitiva em um ambiente turbulento, com ânimos ainda mais exaltados, além de abrir a possibilidade para uma tréplica, uma nova retaliação do governo norte-americano”.
“Pensar na aplicação da Lei de Reciprocidade é prematuro, uma vez que sequer houve uma reunião entre os governos de Brasil e EUA, além do fato de uma virtual aplicação dessa legislação gerar dificuldades ao setor privado para conversar com seus pares norte-americanos, compradores de café, e impor ainda mais obstáculos para a conversa entre ambos os governos”, afirma a nota (Globo Rural)
