Perdas na avicultura acontecem, principalmente, nos primeiros sete dias de vida

Cuidados especiais têm impacto direto na produtividade e no bem-estar das granjas

A avicultura brasileira, atividade responsável por mais de 15 milhões de toneladas de carne de frangos em 2024, segundo o Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA), enfrenta muitos desafios sanitários, especialmente nos primeiros dias de vida das aves – o maior deles é a mortalidade precoce dos pintos. Estudos da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) mostram que até 30% das perdas de produtividade acontecem na primeira semana de vida dos pintos de corte.

“Na primeira semana de vida as aves são mais vulneráveis a condições adversas e qualquer deficiência no manejo pode resultar em perdas”, explica Edgar Cattelan, consultor técnico da MCassab Nutrição e Saúde Animal. “Quando os cuidados certos são tomados logo nos primeiros dias, a chance de mortalidade diminui e o índice de desempenho das aves é superior.”

É preciso atenção especial da equipe de manejo das granjas quando as aves ficam juntas tentando se aquecer, parecem desidratadas (com olhos fundos e penas arrepiadas), comem pouco, ficam paradas demais ou piando excessivamente.

Para evitar esses problemas, o ideal é aquecer o aviário com pelo menos um dia de antecedência, para que as aves encontrem a temperatura certa assim que são alojadas. “O conforto térmico desde o início do ciclo faz diferença para que os pintos de corte se adaptem bem ao novo ambiente”, esclarece o consultor técnico. Os comedouros e bebedouros devem estar bem espalhados, para que as aves consigam comer e beber com facilidade. “Também é preciso ficar de olho na umidade e na ventilação do local, evitando correntes de ar”.

A demanda por carne de frangos aumenta ano após ano. Dessa forma, é responsabilidade dos vários agentes da cadeia produtiva de ter uma criação cada vez mais eficiente. E o cuidado deve começar no primeiro dia de vida. “É nos primeiros sete dias que se define o sucesso da produção de uma granja”, finaliza Edgar.

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