Em meio a incertezas, futuro da citricultura brasileira é debatido por produtores e exportadores

A saída tem sido flexibilizar acordos, diversificar compradores, adotar mecanismos de fertilização controlada e proteção de preços

O fechamento de contratos de laranja da safra 2025/26 segue em ritmo lento. Até o momento, apenas cerca de 30% do volume foi efetivamente negociado, segundo dados do Cepea. O índice é inferior ao de anos anteriores, quando as indústrias já haviam firmado acordos com os produtores ainda no primeiro semestre. Entre os fatores que explicam a demora estão a entrada tardia da safra, a queda nos preços registrada após março e as incertezas provocadas pelo pacote de sobretaxas dos Estados Unidos. Embora o suco de laranja brasileiro tenha sido excluído da tarifa de 40%, subprodutos importantes, como óleos essenciais e células cítricas, permanecem com taxação de 50%.

Diante desse cenário, os produtores rurais vêm encontrando alternativas para mitigar riscos e garantir algum nível de receita. Uma das estratégias tem sido aceitar contratos com volumes menores e prazos mais flexíveis, evitando a paralisação completa das negociações. Outra saída tem sido a diversificação de compradores: ao invés de depender apenas das grandes indústrias processadoras de suco, citricultores têm buscado cooperativas, empresas menores e até canais regionais de comercialização.

Além disso, cresce o uso de instrumentos financeiros de proteção, como contratos de hedge e opções de venda, que funcionam como seguro contra quedas acentuadas de preço. Há também quem tenha iniciado a colheita de forma parcial, antecipando entregas para garantir fluxo de caixa no curto prazo, enquanto aguarda condições mais favoráveis para o restante da produção.

Outro ponto que ganha relevância nesse momento é a fertilização dos pomares, essencial para manter a produtividade e a qualidade da fruta em um cenário de margens apertadas. Técnicas de adubação equilibrada, uso de fertilizantes de liberação controlada e manejo mais eficiente dos nutrientes têm sido aliados importantes para reduzir custos no médio prazo e assegurar maior competitividade, mesmo diante das incertezas do mercado.

Para Leonardo Sodré, CEO da GIROAgro, o uso de fertilizantes líquidos de alta concentração é uma das chaves para garantir a competitividade da citricultura brasileira. “O manejo adequado por meio da utilização de fertilizantes líquidos é o ponto de partida para obter produtividade, qualidade e rentabilidade. Quando aplicados de forma eficiente, os fertilizantes melhoram o desempenho das plantas e ajudam a controlar problemas fitossanitários, garantindo frutos de excelência e fortalecendo a imagem do Brasil como líder mundial na produção de cítricos”, afirma o executivo.

Apesar do momento de cautela, especialistas avaliam que essas estratégias dão fôlego ao setor, permitindo que os produtores não fiquem à mercê da volatilidade do mercado internacional e dos gargalos nas negociações domésticas.

Estamos comprometidos em levar tecnologia e inovação para o campo, oferecendo soluções que impulsionam o trabalho do produtor rural e fortalecem a economia rural. Acreditamos que o investimento em pesquisa e desenvolvimento, aliado à paixão e ao conhecimento do produtor, é o caminho para uma citricultura cada vez mais sustentável e produtiva”, conclui Leonardo Sodré.

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