Mercado também acompanha efeito do tarifaço sobre as cotações
Enquanto as preocupações com o tarifaço seguem no radar do mercado de café, as cotações subiram expressivamente na bolsa de Nova York, diante do receio de que geadas possam alcançar áreas produtoras do Brasil. Na sessão desta sexta-feira (8/8), os contratos para dezembro fecharam em alta de 3,88%, a US$ 3,0245 a libra-peso.
De acordo com Renata Eller, da Eller Trading de Café, o café avançou depois que a Rural Clima destacou em suas previsões queda nas temperaturas para este fim de semana, com risco para geada em regiões de São Paulo e sul de Minas Gerais, o principal polo de café do Brasil.
“O mercado está preocupado, pois essa frente fria pode impactar o rendimento da próxima safra [2026/27], diante dos relatos de abertura precoce das flores”, destacou.
Ainda de acordo com ela, o café também se valorizou em meio a ajustes técnicos e ainda pelas questões relacionadas com o tarifaço de Donald Trump. As sobretaxas de 50% aplicadas pelo presidente dos EUA podem afetar as exportações do Brasil, o maior fornecedor de arábica do mundo. Segundo Renata Eller, não há café suficiente em outros países para atender o consumo dos americanos.
Suco de laranja
O suco de laranja concentrado e congelado (FCOJ, na sigla em inglês) interrompeu momentaneamente a tendência de baixa em Nova York e registrou forte alta. Após um ajuste técnico, os lotes com entrega para novembro avançaram 4,95%, a US$ 2,3645 a libra-peso.
Cacau
Em dia de realização de lucros, o cacau recuou em Nova York. Os papéis com entrega para dezembro fecharam em baixa de 1,03%, para US$ 7.978 a tonelada.
Açúcar e algodão
Nos negócios do açúcar na bolsa de Nova York, os papéis com entrega para outubro fecharam em alta de 1,50%, para 16,25 centavos de dólar a libra-peso. Já papel do algodão para dezembro subiu 0,26% em Nova York, cotado a 66,60 centavos de dólar a libra-peso (Globo Rural)
