Com o Brasil representando 36,9% das exportações mundiais de carne de frango, o setor avícola intensifica o uso de tecnologia para garantir maior produtividade e reduzir impactos ambientais
A avicultura brasileira é uma das mais eficientes do mundo, mas enfrenta desafios crescentes relacionados à sustentabilidade, à volatilidade de custos e ao aumento da demanda por proteína de qualidade. Em 2024, o Brasil produziu 15 milhões de toneladas de carne de frango, consolidando-se como o maior exportador mundial, com 36,9% das exportações globais, e registrou um aumento de 9,8% na produção de ovos, totalizando 57,6 bilhões de unidades, de acordo com dados da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA). Para apoiar o produtor diante desse cenário, a ADM, líder global em comercialização de grãos, insumos, nutrição animal e humana, investe continuamente em inovação e tecnologia buscando promover uma produção avícola mais eficiente, resiliente e de menor impacto ambiental.
“O que define uma produção resiliente hoje vai muito além do desempenho zootécnico. Estamos falando de eficiência alimentar, redução de perdas, integridade intestinal e longevidade produtiva, especialmente em um contexto de mudanças climáticas, exigências regulatórias e pressão por menor impacto ambiental”, afirma Marco Aurélio Nunes, gerente técnico para Aves da ADM Brasil.
Da granja à estratégia nutricional: inovação na prática
A inovação aplicada ao campo se materializa no desenvolvimento de soluções nutricionais personalizadas para cada fase da vida das aves, como premixes, aditivos e programas nutricionais completos. Em 2024, a produção nacional de ração animal atingiu 90 milhões de toneladas, um avanço de 2,7% em relação a 2023, de acordo com a Associação Brasileira de Suplementos Minerais (ASBRAM). O crescimento está atrelado principalmente à expansão da produção de proteínas animais, especialmente na avicultura, que responde por quase metade desse volume
Para atender a esse cenário, a ADM tem direcionado investimentos expressivos em tecnologia de precisão, microminerais de alta biodisponibilidade e compostos fitogênicos. Essas inovações estratégicas buscam potencializar o aproveitamento dos nutrientes, podem ajudar na redução de excreção de resíduos e promovem ganhos de eficiência nas granjas, elementos-chave para aumentar a produtividade de forma responsável e resiliente.
“Inovar é conhecer profundamente a fisiologia animal para fazer escolhas mais inteligentes na formulação e no manejo. É isso que garante eficiência e reduz os riscos, inclusive econômicos, diante da volatilidade do mercado de grãos e da pressão por margens mais apertadas”, reforça Nunes.
Resiliência também vem dos dados
Estudos recentes de Avaliação de Ciclo de Vida (LCA), conduzidos em diferentes continentes, mostram que estratégias nutricionais bem estruturadas têm potencial para reduzir de forma consistente a pegada ambiental da produção de frangos e ovos. Por exemplo, o uso de aditivos fitogênicos, como o Xtract 6930, demonstrou reduzir em até 2,8% a pegada de carbono na produção de carne de frango e em até 1,9% nas aves vivas. Além disso, esses aditivos geram ganhos produtivos com menor uso de água, terra e recursos naturais, contribuindo para uma produção mais eficiente e sustentável.
Olhar de futuro: menos perdas, mais eficiência
A empresa também vem atuando junto a produtores na adoção de estratégias nutricionais para melhorar a qualidade dos ovos e prolongar o ciclo produtivo das poedeiras, reduzindo perdas por trincas e melhorando atributos valorizados pelo consumidor, como coloração da gema e frescor. “A longevidade das aves e a qualidade final do alimento são exemplos claros de como inovação e bem-estar caminham juntos”, comenta Marco Aurélio.