Programa do Sistema FAEP celebra três décadas transformando educação e cidadania em escolas paranaenses |
Em 2025, o Programa Agrinho, maior iniciativa de responsabilidade social do Sistema FAEP, completa 30 anos de atuação no Paraná. Ao longo desse período, o projeto deixou de ser apenas uma proposta pedagógica para se tornar um verdadeiro movimento de transformação social. Milhões de estudantes e professores tiveram suas vidas impactadas por projetos educacionais que ultrapassaram os muros da escola. A edição comemorativa tem como tema “Festejando a conexão campo e cidade”, destacando que o meio urbano e o rural são interdependentes. “Campo e cidade caminham juntos. Reconhecer essa relação é essencial para que as novas gerações valorizem suas raízes e se orgulhem das atividades que desempenham”, afirma Ágide Eduardo Meneguette, presidente interino do Sistema FAEP. Ao longo de sua trajetória, o programa se consolidou como referência em educação e cidadania, levando conhecimento, valores socioambientais e práticas pedagógicas inovadoras para milhares de escolas, professores e alunos. Anualmente, o programa envolve mais de 1 milhão de estudantes e 80 mil docentes, com distribuição de mais de 1 milhão de materiais didáticos para escolas das redes pública e privada em todos os municípios paranaenses. Só em 2024, foram 1,3 milhão de participantes e mais de 3,7 mil escolas envolvidas, incluindo estaduais, municipais, particulares, colégios agrícolas e Associações de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apaes). Desde sua criação, o Agrinho tem se destacado não apenas pelos números, mas pela capacidade de tornar a educação uma experiência viva, contextualizada e significativa. O programa começou com foco em questões ambientais, mas ao longo das décadas ampliou sua abordagem para temas como cidadania, ética, saúde, inovação e tecnologia. Hoje, é referência também em outros Estados brasileiros, contribuindo para a formação de gerações conscientes, críticas e engajadas. “O Agrinho representa três décadas de compromisso com a educação, a cidadania e a inovação. É um programa que transforma vidas, fortalece a conexão entre campo e cidade e prepara jovens para enfrentar desafios com ética, criatividade e responsabilidade”, destaca Meneguette. Materiais didáticos Grande parte do sucesso do Agrinho está na qualidade e na atualização constante de seus materiais didáticos, que acompanham a evolução da educação, da sociedade e do próprio campo. A última reformulação envolveu pesquisadores e especialistas do Brasil e do exterior, incluindo Portugal e Inglaterra. O objetivo foi atualizar conteúdos e incorporar metodologias inovadoras, tecnologias digitais e abordagens contemporâneas de ensino. Para os alunos, os materiais vão de fichas de alfabetização para os primeiros anos até revistas em quadrinhos para os anos finais do Ensino Fundamental, somando 25 livros paradidáticos. Já os professores recebem dois livros, um técnico e outro metodológico, com versões online que incluem links, videoaulas e animações. Segundo os especialistas, os materiais representam uma integração entre ensino, pesquisa e extensão, conectando universidade e comunidade escolar. As metodologias ativas colocam o aluno como protagonista do próprio aprendizado, enquanto o professor atua como orientador e facilitador, auxiliando na construção do conhecimento e na interpretação crítica das informações. Além disso, o material aproxima a prática pedagógica do universo digital, permitindo que estudantes participem ativamente do processo de aprendizagem. Os livros também incorporam conceitos inovadores de educação e pesquisa, como o Responsible Research & Innovation (RRI), que estimula ciência e inovação tecnológica orientadas por valores éticos, necessidades sociais e sustentabilidade. Essa abordagem promove habilidades como análise de dados, elaboração de perguntas, desenvolvimento de soluções e engajamento com a sociedade. Concurso Agrinho O Concurso Agrinho é o ponto alto do programa. Com 15 categorias, que vão desde atividades tradicionais, como desenho e redação, até modalidades inovadoras, como robótica e programação, o concurso estimula criatividade, inovação e protagonismo estudantil. Os professores também têm espaço de destaque. A categoria Experiência Pedagógica, por exemplo, reconhece docentes que criam novas estratégias de ensino para abordar o tema do concurso. Já a categoria Relato Escola Agrinho descreve as ações realizadas pela escola ao longo do ano, enquanto o Relatório Município Agrinho é voltado às Secretarias Municipais de Educação (SMEs) que trabalharam com o programa. Desde 2022, o Agrinho mantém parceria com a Secretaria da Educação do Paraná (Seed), que criou as categorias Redação Paraná, Robótica e Programação. Na Redação Paraná, alunos do Ensino Fundamental II e Médio produzem relatos, contos e textos dissertativo-argumentativos, seguindo o tema central. Na Robótica, os estudantes desenvolvem projetos com materiais recicláveis e componentes eletrônicos. Já na Programação, exploram linguagens para o desenvolvimento de projetos tecnológicos e de soluções práticas alinhadas ao tema do concurso. Essa parceria também possibilitou a criação de duas categorias voltadas aos colégios agrícolas do Paraná. Na modalidade Relatório de Pesquisa, incorporada em 2023, estudantes do Ensino Médio Técnico Agrícola ou Agropecuário produzem relatórios sobre práticas sustentáveis de produção de olerícolas e melhorias de solos, com o tema “Agrinho Boas Práticas Agrícolas”. Já a categoria AgroRobótica, iniciada em 2024, incentiva a criação de soluções práticas e protótipos tecnológicos ou eletrônicos, reforçando criatividade, pesquisa aplicada e trabalho em equipe. Mais do que premiar resultados, o Agrinho transforma práticas escolares, estimulando cidadania, ética, responsabilidade social e o engajamento de alunos e famílias. Os projetos promovem a participação das famílias, fomentam consciência ambiental e incentivam os jovens a se tornarem protagonistas de sua educação e da vida de suas comunidades. Agrinho está presente em diversos Estados O impacto do Agrinho ultrapassou as fronteiras do Paraná. Atualmente, a iniciativa está presente em Goiás, Mato Grosso do Sul, Espírito Santo, Rondônia e Ceará, beneficiando mais de 3,7 milhões de estudantes todos os anos. No Ceará, o programa começou em 2003, em nove municípios da Serra da Ibiapaba, e se expandiu para 72 cidades, atendendo a 705 escolas e a cerca de 86 mil alunos, com previsão de alcançar 100 municípios em 2025. Rondônia retomou a implementação do Agrinho após a pandemia, com foco nas escolas rurais e planos de expansão para Porto Velho e outras localidades. No Mato Grosso do Sul, que adotou o Agrinho em 2014, já foram atendidos 875 mil alunos e 36 mil professores em 2,1 mil escolas, com conteúdos adaptados às realidades locais e reforçando questões de sustentabilidade e meio ambiente. Em Goiás, o programa se consolidou em todos os 246 municípios, impactando mais de 2 milhões de estudantes e fortalecendo a integração entre escolas urbanas e rurais. No Espírito Santo, o Agrinho está presente em 62 municípios e 612 instituições de ensino, envolvendo mais de 90 mil alunos e 7 mil professores, promovendo ações socioeducativas que se estendem para além da sala de aula e impactam famílias e comunidades inteiras. Confira os vencedores do Concurso Agrinho 2025 A lista dos premiados da 30ª edição do Concurso Agrinho já está disponível no site sistemafaep.org.br/agrinho. Neste ano, foram premiados trabalhos em 15 categorias, que englobam desde produções artísticas e literárias até iniciativas voltadas à inovação tecnológica e à prática pedagógica, abrangendo alunos de diversas faixas etárias das redes pública, privada e das Apaes. Com o tema “Festejando a conexão campo e cidade”, a 30ª edição convidou estudantes e professores a refletirem sobre a interdependência entre os meios rural e urbano, destacando como eles se complementam e se fortalecem mutuamente. Além do reconhecimento, os vencedores receberão prêmios como smartphones, tablets, notebooks, projetores multimídia e automóveis zero quilômetro. Os contemplados da categoria Experiência Pedagógica serão revelados somente durante a cerimônia de encerramento. Comemoração e premiação acontecem em 19 e 20 de outubro O encerramento da 30ª edição do Agrinho será celebrado em dois dias, 19 e 20 de outubro, com uma programação que une emoção, educação e comemoração. No dia 19, cerca de 3,3 mil pessoas participam de uma grande festa em Curitiba, divididas entre o Restaurante Madalosso e a Ópera de Arame. A apresentação artística fica por conta do ilusionista Maicon Clenk, com um espetáculo que combina mágica, teatro, dança e acrobacias, proporcionando uma experiência visual e sensorial. Já no dia 20, o grande encontro acontece no Centro de Convenções Expotrade, em Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba (RMC), com a expectativa de reunir aproximadamente 4 mil participantes, entre estudantes, familiares, professores, diretores, autoridades e representantes da comunidade escolar. A programação será marcada por uma imersão educativa e interativa: um túnel do tempo iluminado por LEDs convidará o público a revisitar os 30 anos do Agrinho, enquanto atividades lúdicas e tecnológicas vão estimular a criatividade, a cooperação e a consciência ambiental. Após a abertura institucional, um bolo cenográfico marcará os parabéns pelos 30 anos do Agrinho, seguido por apresentações do grupo LightWire, que mistura dança, tecnologia e efeitos visuais com LED e fibra ótica, transformando o evento em um espetáculo que conecta passado, presente e futuro. |

7 de outubro de 2025/
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